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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Dica ENEM 2011: Geopolítica dos Alimentos



O aumento nos preços globais de gêneros alimentícios básicos eleva o risco de que a crise alimentar de 2007-2008 em países em desenvolvimento se repita em 2011, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO na sigla em inglês).
Um salto nos preços do petróleo e o rápido consumo dos estoques globais de cereais poderiam ser um prenúncio da crise de abastecimento, disse o diretor geral da FAO, Jacques Diouf.
O índice de preços alimentares da ONU de fevereiro aumentou pelo oitavo mês consecutivo, para o maior nível desde, pelo menos, 1990. Todos os grupos de commodities, exceto o açúcar, aumentaram no último mês.
Diouf dizia, até alguns meses atrás, que os estoques globais de cereais estavam em níveis mais saudáveis que os restritos estoques que desencadearam a crise em 2007 e 2008.
Em julho passado, os níveis de estoque estavam em um total de 100 milhões de toneladas acima que os de 2007, mas o rápido crescimento econômico em países em desenvolvimento e um retorno ao crescimento em países altamente industrializados, levaram a novas reduções.
Alguns países no norte da África e no Oriente Médio fizeram grandes compras de grãos para evitar aquele tipo de conflito, em parte estimulada pelos preços dos alimentos, que derrubou os líderes da Tunísia, Egito e Líbia.
A Coreia do Sul está buscando construir uma estratégia de reserva de grãos e planeja comprar cargas de milho e outras mercadorias, em esforço similar ao de outra nações asiáticas, preocupadas com os altos preços dos alimentos e com os conflitos sociais.
Em dezembro, o México comprou milhares de toneladas de milho no mercado futuro, para se proteger de altas dos preços de tortillas (é um gênero de pão ázimo, confeccionado a partir de farinha de milho ou de trigo, tradicional no México), que provocou confrontos nas ruas em 2007.
Os recentes aumentos dos preços do petróleo estão acentuando os aumentos nos preços dos alimentos, que podem afetar a habilidade dos países em desenvolvimento de cobrir suas necessidades de importação. Os preços do petróleo têm impacto nos custos de transporte e insumos agrícolas, incluindo fertilizantes.
BIOCOMBUSTÍVEIS
A FAO pediu aos países desenvolvidos que reexaminem suas estratégias de biocombustíveis –que incluem amplos subsídios– uma vez que estes têm desviado 120 milhões de toneladas de cereais de consumo humano para produção de combustível.
Países desenvolvidos dão US$ 13 bilhões anualmente em subsídios e proteção, para encorajar a produção de biocombustíveis. Nos Estados Unidos, os estoques de milho chegaram as mínimas de 15 anos, enquanto maiores parcelas da safra são utilizadas na produção de etanol.
CURIOSIDADE:
Temendo não ser capaz de comprar os grãos necessários no mercado, alguns países mais ricos, liderados pela Arábia Saudita, Coreia do Sul e China,desde de 2008, vem comprando ou arrendando terras em outros países para cultivar grãos para si próprios. A maioria dessas compras de terras é na África, onde alguns governos arrendam terras cultiváveis por menos de US$ 2,5 por hectare/ano. Entre os principais destinos estão Etiópia e Sudão, países onde milhões de pessoas estão sendo sustentadas pelo Programa Mundial de Alimentos da ONU.

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