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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Atividade com Filme: Hotel Ruanda/8 e 9 ano

Atividade com filme: Hotel Ruanda
Objetivos da atividade: Discutir o papel da ONU (Organização das Nações Unidas) nos conflitos mundiais;

1. Colocar o nome dos paises do continente afriacano nos seus respectivos lugares e pesquise as colonizações impostas ao continente africano e coloque legenda para essas colonizações.

COLONIZADORES NO CONTINENTE AFRICANO



2. Pesquise e coloque o significado para as seguintes palavras:

• Etnia:
• fronteira política:
• Fronteiras:
• Genocídio:
• Identidade:
• limpeza étnica:
• refugiados:
• território:
• Xenofobia;

3. Leia o texto a seguir:

“Todos os grandes personagens viraram as costas para nossos massacres. Os boinas-azuis, os belgas, os diretores brancos, os presidentes negros, as pessoas humanitárias e os cinegrafistas internacionais, os bispos e os padres, e finalmente até Deus.” A constatação é de Élie Mizinge, um dos assassinos confessos hútus que participaram do massacre em Ruanda.

Faça um comentário sobre o texto acima apontando a veracidade ou não do mesmo a partir do seu (s)entedimento da leitura audivisual do filme Hotel Ruanda apresentado na aula.

4. Explique o significado para a palavra Genocidio e explique o o por que de tratar o incidente apresentado no filme como genocidio?

5. A partir da análise do filme Hotel Ruanda, cite e explique a reponsabilidade da colonização belga de Ruanda no genocídio de 1994.

6. Atividade de descrição - Descrever as cenas do flime na sequência do enredo.: o movimento turístico do hotel, as relações entre os tutsis; o início das tensões; a realidade da situação vivenciada pelos personagens: a desterritorialização no hotel, a exclusão e humilhação dos hutus, o genocídio.

7. Problematizar: O genocídio de Ruanda seria uma versão africana da limpeza étnica que ocorre em alguns países europeus? Em quais lugares do mundo essa prática ainda ocorre? Por quê?

8. Um conceito significativo abordado no filme: fronteira política do território de Ruanda. Ele é mostrado nas cenas finais dos refugiados, procurando desesperadamente sair do pais. Apresente argumentos sobre a barbárie hutu, respondendo: É possível reorganizar esse território? Como? Quais suas sugestões para retirar esses povos do caos étnico e político?

9. Crie uma legenda para cada imagem abaixo, lembrando que elas são imagens de cenas do filme Hotel Ruanda.
cena 1 - cena 2 - cena3 - cena 4




10. Faça um fechamento da análise do filme enfocando o papel da ONU no Genocídio em Ruanda em 1994 e quais a responsabilidades, ou seja, a critíca que devevemos fazer ao Conselho de Segurança da ONU.

ATENÇÃO! ESTA ATIVIDADE VALE 01 PONTO NA MÉDIA FINAL DE GEOGRAFIA PARA O 8 e 9 ANO/ENSINO FUNDAMENTAL II. ENTREGAR, OBRIGATORIAMENTE, EM FOLHA DE ALMAÇO, ATÉ A DATA LIMITE DE 01/12/2010.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Engenharia Florestal: exploração sustentável dos recursos naturais



Um dos maiores desafios do mundo contemporâneo é conciliar a exploração econômica de recursos naturais, inclusive das ameaçadas florestas, com a necessidade de preservar o meio ambiente. Para enfrentar este desafio surgiu a profissão do engenheiro florestal, cuja missão é extrair o máximo proveito desses recursos, com o mínimo de impacto na natureza e nas populações. Para isso, ele deve ter conhecimentos da fauna, da flora, dos usos e propriedades das madeiras, dos efeitos da exploração sobre os homens e o meio ambiente, e também de números e cálculos. Além disso, é essencial ter prazer em viajar e andar nas matas, seu principal local de trabalho.

O curso de Engenharia Florestal foi oferecido pela primeira vez no Vestibular 2009. As aulas serão no Instituto de Ciências Agrárias (ICA), em Montes Claros, norte de Minas Gerais. A grade curricular tem disciplinas de Ciências Exatas, Biológicas e da Terra. O aluno terá a oportunidade de aprender técnicas de observação, cultivo, conservação e manejo de espécies nativas ou introduzidas pelo homem nas florestas.

Não são só os impactos físicos do cultivo florestal que serão analisados. Em aulas como Economia Florestal e Gestão Ambiental, os estudantes poderão ter noção de como o manejo do meio ambiente afeta populações inteiras. Além disso, noções sobre legislação ambiental ajudarão os futuros profissionais a se posicionar no momento de elaborar um projeto de conservação ou exploração, ou mesmo para fiscalizar o uso das florestas.

Engenharia Florestal é um dos quatro novos cursos oferecidos pelo ICA. Sua abertura foi motivada por uma pesquisa com a população local. Perguntados sobre em que curso superior gostariam de estudar, alunos do ensino médio de escolas públicas e privadas da cidade tiveram como primeira opção Engenharia Florestal, ao lado de Agronomia e Zootecnia, que já são oferecidos no ICA.

Exploração dos Recursos Naturais



“Sentimos dentro de nós uma preocupação constante não só pela nossa casa, como também pela nossa cidade. Embora estejamos voltados para ocupações diferentes, todos nós temos uma opinião própria acerca dos problemas da cidade. Todo aquele que não participa de questões desta natureza é considerado, entre nós, um mau cidadão, um cidadão silencioso. Somos nós que decidimos sobre tais assuntos ou pelo menos refletimos sobre eles profundamente.”

Péricles (490-429 a.C.)

A trajetória do ser humano na Terra, se deu através da constante exploração dos recursos naturais, ou seja, o homem na sua relação com o ambiente e para satisfazer suas necessidades, explora os bens da natureza. Além disso, desde os primórdios da civilização, a atividade humana, qualquer que seja, é poluidora. A partir da segunda metade do Século XX, os temas ambientais passaram a fazer parte do noticiário diário, especialmente quando envolviam, por exemplo: explosão demográfica, redução acelerada das reservas de água potável, queimada, erosão, estrago de mata ciliar ou floresta, assoreamento de curso d’água, alteração climática, aquecimento do planeta, efeito estufa, material nuclear, poluição, chuva ácida, buraco na camada de ozônio, ou os freqüentes vazamentos de petróleo. Nessa época o indivíduo também percebeu que a grande maioria dos problemas ambientais enfrentados, decorria do uso irracional dos recursos naturais, especialmente quando se buscava o crescimento econômico a todo custo. O homem verificou que se os recursos naturais eram finitos, sem reposição eles haveriam de se extinguir, ainda mais porque muitos deles sequer eram renováveis. Com isso questões ligadas à preservação do ambiente passaram a ser cada vez mais valorizadas. A partir de 1960 intensificaram-se as discussões sobre os riscos da degradação do ambiente. Em 1972 deu-se a Conferência da ONU em Estocolmo, e em 1982, a expressão “desenvolvimento sustentável” incorporou-se ao vocabulário jurídico. Com essa percepção, foi realizada a ECO-92 na cidade do Rio de Janeiro em 1992, com a participação de 175 países, ocasião que foram elaborados os documentos denominados Declaração do Rio e Agenda 21, a partir do qual se buscaria manter e recuperar os recursos naturais, com planejamento equilibrado do desenvolvimento.

Em 2002, a reunião foi realizada em Joanesburgo, na África do Sul. De uns tempos para cá alguns princípios de vida sustentável aparentemente simples passaram a ser considerados importantes, tais como: a busca de uma aliança global dos povos; a melhoria da qualidade de vida das pessoas; o cuidado e respeito para com as comunidades de seres vivos; a integração e aprimoramento da conservação do ambiente; a redução do consumo de recursos não renováveis; o incentivo para que cada comunidade cuide de seu próprio ambiente. No Brasil, a partir da Constituição da República de 1988, o meio ambiente passou a ser considerado como patrimônio nacional, envolvendo o ar, a água, o solo, a flora, a fauna, os bens culturais e o ambiente construído. O Direito Ambiental, na busca de proteger o ambiente e de acordo com a necessidade usa a tutela constitucional, a tutela administrativa, o estudo de impacto ambiental ou licenciamento, a tutela civil e a tutela penal, dependendo da área envolvida. O Direito Ambiental também não perde de vista questões importantes como as relacionadas à pessoa, à cidadania, e ao trabalho. No século passado, a partir da Revolução de 1964 e na esteira das mudanças políticas e econômicas da época, as cidades brasileiras foram marcadas por um grande crescimento populacional, enquanto o campo assistiu ao mais importante êxodo rural de nossa história. Em paralelo, os registros mostram que esse crescimento populacional das cidades se deu de forma desordenada, inclusive com a ocupação de diversas áreas sem o devido planejamento, gerando, por conseqüência, inúmeros problemas urbanísticos e graves impactos ao ambiente. Resultado: uma massa gigantesca de população carente passou a ocupar locais, como áreas consideradas de preservação permanente.

Além disso, o próprio poder público providenciou a abertura de grandes avenidas e vias marginais junto à margem dos cursos d’água, e ainda permitiu que empreendimentos imobiliários fossem implantados nessas mesmas áreas. Na zona urbana, esses impactos ambientais ocorrem de maneira diversa da zona rural, exigindo, dependendo do caso concreto, uma abordagem diferente tanto com relação aos aspectos legais como com relação aos aspectos políticos. Para se ter uma idéia da proporção do problema, na cidade de São Paulo estima-se que quase dois milhões de pessoas vivem em áreas protegidas pela legislação, e que não deveriam ser ocupadas. Predominam nesse caso as áreas de preservação permanente ocupadas pela população de baixa renda. Os atos anônimos e muitas vezes invisíveis das agressões ao meio ambiente, aliado aos mecanismos culturais e institucionais pelos quais as elites políticas e econômicas encobrem as origens e conseqüências dos riscos e perigos, propulsiona a chamada irresponsabilidade organizada.

ciencia e a presença humana no litoral

A ciência e a presença humana no litoral
No Brasil, existem diversas pesquisas geológicas em andamento com aplicações para a exploração e a conservação dos recursos costeiros. Exemplos de pesquisa básica em geologia marinha são estudos sobre deposição de sedimentos pela ação dos oceanos, sobre erosão costeira, análise da composição dos sedimentos (areia, por exemplo), recolhimento de dados sobre ondas, marés e temperatura da água etc. São comuns também vários estudos aplicados, que dependem fundamentalmente dos dados colhidos pela pesquisa básica. Entre essas aplicações, encontram-se estudos para a determinação de jazidas de recursos minerais, estudos sobre o impacto da ocupação humana na erosão costeira e a meteoceanografia.

Esta última disponibiliza dados e previsões sobre marés, ondas e temperatura da água, para serem usados, tal e qual os dados meteorológicos, para diversos fins - turismo, pesca, pesquisa científica, etc. O Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo já tem um serviço de disponibilização de dados e previsão de marés e de correntes marinhas, em www.surge.iag.usp.br.

Recursos não-renováveis
Outros dados importantes colhidos pela pesquisa básica, além dos da meteoceanografia, são as composições dos solos próximos à costa ou sob a superfície do mar. Esses dados, disponíveis em publicações científicas, podem dar às empresas mineradoras indicativos sobre locais onde vale a pena procurar jazidas de recursos não-renováveis. As empresas então aprofundam os estudos e definem a incidência ou não de uma jazida mineral de valor econômico.

Recursos renováveis e não-renováveis e a zona costeira como recurso em si:
Apesar do nome, os recursos naturais não-renováveis também se regeneram naturalmente. A diferença com os renováveis é que a escala de tempo para a sua renovação é muito maior do que a escala com que os seres humanos lidam. Os recursos não-renováveis são basicamente os recursos minerais, e os renováveis, os biológicos. Hoje, há uma tendência em aplicar o conceito de recurso natural a toda a zona costeira em si, não só os seus recursos biológicos e minerais. Usa-se, por exemplo, também para lazer e recreação.

Os recursos costeiros minerais, ou não-renováveis, ocorrem em basicamente três tipos de ambientes. No ambiente rochoso - quando as rochas atingem a zona costeira -, um dos principais é a fluorita, encontrada, por exemplo, na região do Morro da Fumaça, em Santa Catarina. Em sedimentos (praias e lamas associadas a lagunas costeiras), um dos principais são os minerais pesados, que aparecem nas areias das praias e das dunas, como a monazita (comum no Espírito Santo), a ilmenita (de onde se extrai o óxido de titânio, importante na indústria de tinta), o calcáreo (associado a fragmentos de conchas e recifes de coral, usados na fabricação de cimento) e a turfa. Esta última, um estágio intermediário na formação do carvão vegetal, aparece em lagunas costeiras. É muito usada como corretivo orgânico na agricultura. O terceiro ambiente é o subsolo marinho, onde aparece o petróleo e o gás natural.

Um caso de estudo científico que resultou na descoberta de jazidas foi o episódio dos depósitos de minerais pesados no litoral do Rio Grande do Sul. Na década de 1970, pesquisadores do Centro de Geologia Costeira Oceânica, um órgão auxiliar do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), descobriram manchas escuras nas areias, indicativas da presença de minerais pesados. As manchas eram mais expressivas nas regiões de Bujuru e Hermenegildo, no litoral gaúcho. Os sedimentos foram enviados ao laboratório e analisados, e foram identificados os minerais pesados de valor econômico. O mais importante deles é a ilmenita, mas apareceram também rutilo, magnetita e zircão, entre outros. Foram feitos cálculos para determinar a concentração desses minerais nas areias das praias e dunas do litoral gaúcho.

Exploração e explotação
O termo exploração, em geologia, relaciona-se à fase de prospecção: busca e reconhecimento da ocorrência dos recursos naturais, e estudos para determinar se os depósitos têm valor econômico. A explotação é a retirada do recurso com máquinas adequadas, para fins de beneficiamento, transformação e utilização. Portanto, o maior impacto no meio ambiente é causado pela explotação.


Nesse ponto, cessou a pesquisa acadêmica, que passou para outros projetos. Nos anos 90, as publicações chamaram a atenção de empresas mineradoras, que foram buscar as jazidas nas regiões indicadas. As empresas aprofundaram os estudos e atualmente as jazidas estão em fase de viabilização da explotação. O principal obstáculo é o litígio com os órgãos ambientais, pois a área de ocorrência está vinculada ao parque nacional da Lagoa do Peixe.

Um outro caso começou há 15 anos, quando os pesquisadores da UFRGS começaram a se interessar pela erosão costeira. Desde 1997, os pesquisadores percorrem a linha costeira do Rio Grande do Sul, que tem 630 quilômetros, mapeando a linha de costa e verificando as alterações devidas à erosão. Os dados sobre essas alterações podem ser usados para indicar a ocorrência de minerais pesados, pois as áreas de maior concentração de tais minerais são, tradicionalmente, as áreas de maior incidência da erosão costeira. Com base nesses dados, os pesquisadores da UFRGS encontraram minerais pesados nas zonas de erosão.

Como os depósitos de minerais pesados estão preferencialmente em zonas de erosão, eles estão disponíveis por muito pouco tempo. Segundo Sérgio Dillenburg, do Centro de Estudos de Geologia Costeira e Oceânica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), as duas principais reservas de minerais pesados do Rio Grande do Sul podem ser dispersadas em 500 ou 1000 anos, o que, do ponto de vista geológico (que muitas vezes lida com processos de milhões de anos), é muito pouco.

Processos costeiros
A erosão e a sedimentação costeiras e a variação da linha da costa causada por elas são fenômenos naturais. No centro, sudeste e sul do litoral brasileiro, a erosão é causada principalmente pela ação das frentes frias, que modificam o comportamento do mar, tanto da agitação marítima quanto no seu nível. No norte e nordeste, o principal fator são os ventos, que modificam o clima das ondas.

Entretanto, quando há ocupação humana nas áreas costeiras de variabilidade natural, podem aparecer problemas sérios. Na cidade de Matinhos, no litoral do Paraná, a Avenida Beira-Mar foi construída sobre as dunas da praia. "As dunas são o reservatório de areia das praias", explica Eduardo Marone, coordenador do Laboratório de Processos Costeiros e Estuarinos (PROCEs) da Universidade Federal do Paraná (UFPR). "Quando você asfalta as dunas - a reserva de areia que evita que a praia seja erodida - desparece a fonte de manutenção da linha de praia." O resultado disso é que a cidade é quase anualmente atingida por grandes marés ("ressacas"), que já chegaram a destruir parte da Avenida Beira-Mar e algumas construções próximas.

Após uma dessas ressacas, há mais de 15 anos, foram instalados na praia os chamados "gaviões", ou seja, foram depositadas pedras ao longo de um setor da praia, presas com uma grade. Isso aumenta o processo de deposição, e a praia começou a se reconstituir. Porém, segundo Marone, a solução através de estruturas duras como essas é apenas paliativa. Primeiro, porque hoje o arame que prende as pedras já está gasto e rompendo-se, transformando-se num perigo para os banhistas, além de ser esteticamente pouco agradável. Segundo, porque, quando se bloqueia a ação do depósito ou erosão em um local, o mar vai agir em outro. "A natureza tem que tirar e pôr sedimentos o tempo todo, esse é o estado natural dela", diz o pesquisador. "Quando impedimos que em algum local o ciclo de retirada e transposição de sedimentos desapareça, você pode até resolver o problema desse local, mas o mar vai ter que agir em outro lugar que não está protegido."

Por isso, a solução mais recomendada para o problema da erosão costeira é a reavaliação da ocupação do solo. Dependendo do custo, pode-se realocar comunidades litorâneas. "A Espanha", diz Marone, "é o país mais avançado nesse sentido: simplesmente desapropriou as obras marítimas nos locais onde havia problema de erosão e reconstruiu o ambiente natural."

Em outros casos, como em cidades, não é possível fazer a realocação. Nesses casos, a segunda técnica mais recomendada é a manutenção da orla de praia por meio de deposição artificial. É usada, por exemplo, no litoral da Califórnia: os restaurantes, hotéis etc. pagam uma draga que está todo o ano circulando e "engordando" as praias.

Instituto do Milênio
Para contemplar esses problemas no litoral brasileiro, o governo possui um programa de financiamento de pesquisas oceanográficas chamado Instituto do Milênio do Mar, cujo título é "Uso e apropriação de recursos costeiros" (Recos), e do qual participam 19 instituições brasileiras, envolvendo cerca de 200 pesquisadores. O objetivo é investir em pesquisas científicas para propor soluções para os problemas causados pela ocupação do litoral e apropriação de recursos naturais da costa. O programa divide-se em quatro temas: Modelo Gerencial de Pesca, Qualidade Ambiental e Biodiversidade, Maricultura Sustentável e Modelagem, Monitoramento, Erosão e Uso do Solo. Deste último projeto estão participando 10 instituições, com cerca de 60 pesquisadores.

A erosão costeira é contemplada no quarto módulo. As pesquisas nesse campo envolvem dez universidades e instituições de pesquisa, do Rio Grande do Sul ao Pará. A idéia é mapear o litoral brasileiro periodicamente, para determinar as variações devidas à erosão e à sedimentação e, com isso, determinar quais as áreas onde a incidência de erosão é crítica e apresentar possíveis soluções.

Um dos métodos usados pelos grupos para fazer esse mapeamento é percorrer a costa a pé (caminhamento), de bicicleta ou de carro, com um GPS (sigla em inglês para Sistema de Posicionamento Global), um aparelho que indica com precisão a latitude e a longitude de sua localização. No Paraná, no Rio Grande do Sul e em locais onde existe o equipamento, usa-se um DGPS, uma versão mais precisa, capaz de determinar a localização no globo terrestre com precisão de dezenas de centímetros.

Outro método do projeto de erosão investiga o leito do mar próximo à costa. Para isso, são lançados no fundo do mar, depois da zona de arrebentação das ondas, aparelhos que medem a temperatura, a salinidade e a profundidade da água. A profundidade é determinada através da medida da pressão da água. Esses aparelhos devem ser levados até depois da zona de arrebentação através de barcos pesqueiros. No dia 21 de fevereiro, o PROCEs testou o primeiro protótipo de um novo veículo por controle remoto que leva sozinho os aparelhos até o local desejado, e depois lança-os em direção ao fundo do mar, onde realizarão as medidas automaticamente. O veículo chama-se ROV (sigla em inglês de Veículo Operado Remotamente), um aparelho comum em pesquisas marinhas, mas que nunca tinha sido antes usado para estudos da linha costeira. Nos próximos dias, será distribuído às outras 7 universidades que fazem parte do projeto sobre erosão costeira (veja notícia na ComCiência).

Amazônia: entre o inferno e o paraíso.

Na filosofia, o conceito de humanidade só passa a ser entendido como tal, a partir do século XVII. Antes disto ele não existia. Porém, quando foi concebido, o Homem acabou sendo isolado da natureza. Agora a ciência descobre que na Amazônia Homem e natureza não se separavam: faziam parte do mesmo universo.

Boa parte das ciências modernas é baseada no Humanismo renascentista e no positivismo do século XIX. Isto é: desde o Renascimento (ocorrido na Europa do séc. XVII) o Homem passa a ter a sua própria natureza (antes ele estava submetido aos desígnios de Deus, sendo Dele reles imagem decaída); e do século XIX em diante, o positivismo diz que só é válido aquilo que está baseado na experiência. Ora, o Humanismo colocou a idéia do Homem livre no centro do Universo, contudo isolado e completamente fora de tudo que fosse natural. Foi assim que o Homem tornou-se transcendente e senhor da natureza e desenvolveu uma ciência cuja história é a narrativa do vitorioso progresso do seu controle sobre ela.
Como conseqüência, o domínio e os saberes sobre o selvagem passam a ser o pano de fundo que levou inúmeros estudiosos a irem buscar os processos que conduzem a humanidade da barbárie à civilização, excluindo desta trajetória, porém, qualquer elo do humano com o natural. Para esses estudiosos, a busca não era a compreensão da integração ou desajuste do Homem com a natureza, mas dos meios de domínio com os quais diversas culturas e sociedades foram capazes de se sobrepor aos ambientes e aos seres. A histórica dessa ciência mostra, em um primeiro momento, como as pessoas tentaram se livrar da imprevisibilidade dos eventos naturais; no momento seguinte, como tentaram dominar os fluxos da natureza; por fim, como se apropriaram de suas riquezas. Por isto falaram da conquista do fogo, da domesticação de plantas e do controle de águas, solos, florestas e gentios e, agora, de inseminações artificiais e da produção de clones e andróides.
Apesar do divorcio entre o Homem e a natureza, o Humanismo despertou a consciência da sociabilidade humana e, paradoxalmente, o ideal de um retorno a uma natureza mítica, cuja representação mais perfeita era o “bom selvagem” do Novo Mundo, que no Renascimento, fora recentemente descoberto. O “bom selvagem”, especialmente identificado com os nativos das regiões tropicais, além de ser avesso às guerras e aos conflitos interpessoais, viveria em perfeita harmonia com a natureza, graças à sua fartura e exuberância. Constituindo uma cultura fundadora ideal, que no mundo europeu em expansão teria se perdido em algum momento da história de sua civilização, esse ideal acaba por gerar outro mito: o do Paraíso Tropical. Cem anos depois do Renascimento, no Romantismo (que apoiava a subjetividade e o individualismo), a percepção da sociabilidade humana alcançará um novo status com o surgimento de disciplinas científicas voltadas para o estudo da sociedade e da cultura.
A idéia do “Bom Selvagem” foi levado mais à sério na política do que na ciência e foi na efervescência intelectual dos séculos XVIII e XIX, com a antropologia, que o mito do “Paraíso Tropical” se desfaz de vez. Na ocasião, diversos pensadores, entre os quais se destacou Franz Boas (1858-1942), mostraram não só a diversidade humana, mas também que muitos comportamentos só poderiam ser justificados na própria cultura observada. Além disto, mostraram que seus comportamentos, apesar de serem interpretados como “primitivos” e “bárbaros” pelo etnocêntrico olhar europeu, eram fundamentais para a identidade do povo. No entanto, para felicidade dos pensadores europeus, o evolucionismo social emergente afirmou que os comportamentos mudavam com o tempo, refinando-se e eliminando, progressivamente, traços indesejáveis. Ou seja, duzentos anos depois de separar o Homem da natureza, as disciplinas humanistas pareceram provar que a humanidade era distinta da natureza por conta da intermediação artificiosa da cultura, que poderia eliminar dela qualquer traço da selvageria natural.
O Jardim Tropical
O mito do “Paraíso Tropical” encontrou bastiões de resistência, como na representação social do Brasil enquanto nação, pautada no mito fundador do “Paraíso Tropical”, construído desde 1500 com a chegada dos portugueses ao Brasil. É verdade que apesar de reforçada em pleno século XX, na Semana de Arte Moderna dos anos 20 e da Tropicália na década de 70, esse mito foi minado pelo conceito de “inferno verde”, atribuído por Guimarães Rosa à Amazônia, em obra póstuma de 1976 (Paraíso Perdido). Este conceito foi apropriado pela ditadura militar para justificar a “conquista da Amazônia”, em nome da civilizada nação brasileira. Hoje em dia, sarcasticamente, o mito só circula nos discursos da propaganda turística, da música e das novelas, dentre outros, para referir-se apenas à costa litorânea, onde se localiza a maioria da população urbana brasileira e onde Natureza, além de ser um entretenimento de televisão e de parques zoológicos, refere-se apenas a tubarões e feras africanas.
A falência do mito do paraíso tropical levou ao descrédito o mito do bom selvagem, uma vez que a maior parte da população passou a viver em cidades. Entretanto, tornou-se comum pessoas de cidades localizadas em outras regiões ou países, acreditarem em jacarés e outros animais “selvagens” circulando pelas ruas das cidades amazônicas. Na verdade, o conceito original de “selvagem”, termo que existe desde a Antiguidade, fora aplicado pelos gregos aos despossuídos de pólis ou aos que viviam em florestas ou desertos e eram “no agrios”. Isto é, não tinham área cultivada. Portanto, durante a ditadura militar, o mito do paraíso tropical não condizia com o Brasil industrializado e urbano que então se consolidava e, ao mesmo tempo, a população brasileira se distanciava cada vez mais da vida rural.
Convém observa, porém, que apesar do mito do paraíso tropical pregar o retorno a uma origem idílica, esse suposto paraíso remetia sempre a uma fase da civilização na qual as pessoas já teriam dominado o selvagem, cultivavam a terra ou levavam seus animais domésticos para pastar. Aliás, a palavra Éden, que foi traduzida para o grego e herdado pelo latim com o significado de “jardim”, parece ser derivada da palavra suméria “E.DIN”, traduzida por alguns estudiosos como campo cultivado. Ainda que a palavra nos chegue do Oriente, Gregos e Latinos entenderam este lugar como sendo de delícias. O Jardim é sempre a evocação da Vida e da fecundidade em superabundância. Contudo, o velho testamento sugere que só estaremos no Paraíso no sétimo dia da criação, o Dia do Repouso do Criador. Isto é, o criador já preparou tudo e agora descansa esperando o fruto do seu trabalho. O paraíso-jardim é, por conseguinte, um artefato, um lugar construído para o recolhimento e a felicidade após árduos dias de trabalho. “Deus todo poderoso começou por plantar um jardim.” (Francis Bacon, 1561-1626) e depois descansou para usufruir de seus frutos no Paraíso que ele mesmo construiu.
No Egito, a existência do mito do paraíso está documentada desde o século XXIV a.C.. O objeto específico do mito é a ordem do mundo. De fato, os mitos da criação não visam explicar a origem do mundo, mas afirmar a vitória da ordem contra o caos e assim legitimar a supremacia da civilização sobre o selvagem. A ordem do mundo, enfim, é o resultado da vitória de Deus sobre o caos, na batalha contra a desordem primordial, absoluta. Ou, por outro ângulo, da transformação da natureza selvagem em um artefato humano. Consequentemente, na ausência de um jardim, toda vez que se fala de selvagem, fala-se de uma natureza sem humanidade, de uma natureza onde o Homem não está incluído e nem faz parte da sua existência.
Por tudo isto, quando pensamos a Amazônia focando a integração do Homem aos seus diferentes ambientes, além de considerar que esses ambientes são o ‘palco’ natural de sua evolução, também devemos pensar que esses mesmos ambientes são uma construção cultural e que estamos dentro e não fora da natureza. Mas, para pensarmos assim, antes de qualquer coisa, é necessário superar pré-conceitos míticos milenarmente enraizados nas bases do pensamento humanista. Concomitantemente, ao pensarmos na natureza do espaço amazônico e suas paisagens como uma construção, devemos pensá-la a partir da integração entre o Homem e ela.
Apenas aquilo que nós mesmos construímos.
Mesmo que o mito do “Paraíso Tropical” tenha encontrado solo fértil no imaginário popular, foi comum na ciência pensar que a floresta amazônica teria ficado intocada, sem sofrer qualquer influência humana, até a ascensão das sociedades agricultoras. E que as antigas intervenções humanas, quando finalmente ocorreram, só teriam alcançado pontos isolados, em áreas reduzidas, localizadas às margens dos principais rios da região. A Amazônia seria uma região exclusivamente “natural”, não agrária, onde o Homem além de não fazer parte dela, teria sido repelido pela dificuldade de adaptar-se aos seus supostos parcos recursos não domesticáveis. Com isto consolidou-se a idéia de que o Homem não fazia parte da sua natureza. A Amazônia seria, enfim, selvagemente “virgem”!
Datando do século XIX, as primeiras investigações arqueológicas na Amazônia ficaram restritas aos artefatos de grande apelo artístico, como as urnas, utensílios e outros objetos cerâmicos, bem como estatuetas e pingentes feitos de rochas e cristais, atribuídas a povos de cultura complexa, mas sem uma agricultura intensiva provida de arado. Os pesquisadores pioneiros visavam, principalmente, a formação de coleções para os museus. Politicamente, eles se aliavam às idéias de superioridade das civilizações agricultoras e, com isso, negavam a condição de civilizados a todos aqueles que prescindiam da agricultura (de arado) e da cultura material associada a ela, identificando-os com a preguiça e a barbárie. Com essa identidade, os possíveis caçadores-coletores por acaso existentes na Amazônia não apresentavam qualquer apelo para os acadêmicos de então.
Essa situação poderia ter mudado quando as pesquisas efetivamente científicas tiveram início com os cientistas norte-americanos Betty Meggers e Clinford Evans, ainda na primeira metade do século XX. Infelizmente, mesmo através de outra ótica, as técnicas de agricultura consagradas no Velho Mundo continuaram sendo referência, de modo que as evidências de cultivo dos povos amazônicos foram resumidas à simples práticas de horticultura. Já os estudos voltados para os caçadores-coletores permaneceram escassos, sob o surrado argumento de que a Amazônia seria um lugar inóspito para a adaptação humana e de que a presença do ser humano nela seria rarefeita e recente. Para justificar a ocorrência de vestígios materiais de culturas formadas por complexas sociedades, esses pesquisadores afirmaram que elas teriam migrado de outras regiões, como a andina e a caribenha, cujas populações, longe das selvas, teriam desenvolvido culturas mais sofisticadas. Portanto, além da gênese dessas sociedades não ser nativa, ela não poderia ter sido o resultado da evolução local de sociedades pioneiras, porque mesmo que estas tivessem existido, não teriam conseguido superar as barreiras naturais representadas pela infernal floresta tropical.
Na década de 1990, outra pesquisadora norte-americana, Anna Roosevelt, mostrou que as sociedades amazônicas tiveram um longo tempo de desenvolvimento local. Porém, esse desenvolvimento teria ficado restrito a áreas especiais, como as várzeas, ricas em recursos naturais favoráveis à exploração humana. Roosevelt argumentou que as conquistas sociais, materiais e espirituais das populações amazônicas complexas seriam o resultado do sucesso adaptativo de costumes e práticas a um ambiente mais favorável, de populações amazônicas precedentes. Para ela, a evolução sociocultural das populações amazônicas só foi possível graças à existência das várzeas, que eram ecologicamente favoráveis, supostamente, ao cultivo intensivo do milho. Ou seja, fora dali o homem permaneceu no limite entre o selvagem e o civilizado, de modo que a expansão das sociedades complexas para além das várzeas era impossibilitada pela natureza indomável das terras firmes. Por outro lado, ela não foi capaz de reconhecer a excelência do cabedal técnico da agricultura praticada na Amazônia, propondo a existência de um cultivo especializado no cultivo de uma planta exótica (o milho), sobre a qual nunca apresentou evidência concreta.
Podemos dizer que essas idéias nada mais foram do que a reafirmação tardia do divórcio renascentista entre o homem e a natureza e também da impregnação da mitologia da natureza selvagem no inconsciente, que ainda predomina nas teorias científicas e que exerce influência não só nas ciências sociais, como também nas ciências da terra. Entretanto, estudos recentes nas mais diversas partes do mundo vêm mostrando que a influência humana sobre a natureza não só é uma condição da sua existência, bem como condição da própria evolução coletiva das espécies. Por outro lado, se a evolução cultural das antigas populações Amazônicas resultou em sociedades organizadas por agentes que dominavam práticas e técnicas de manejo e cultivo de plantas domesticadas, é porque elas percorreram uma longa duração onde acontecimentos históricos precedentes desenvolveram e conquistaram essas práticas e técnicas, localmente e milenarmente.
Desde a última década do século XX, pesquisas arqueológicas vêm comprovando que a floresta tropical, mesmo há milhares de anos, nunca foi um fator restritivo para o progresso das populações humanas que nela viveram. Isto é: uma restrição ao florescimento de novas e melhores possibilidades; uma barreira ao preenchimento de todo nicho disponível; um obstáculo ao desenvolvimento de organizações sociais cada vez mais elaboradas. Muito pelo contrário, estudos recentes têm confirmado que não havia uma diferença marcante na adaptação dos povos que habitavam a terra firme daqueles que habitavam as várzeas. Inclusive, hoje se descarta a idéia de que dois ecossistemas distintos e excludentes diferenciavam os povos amazônicos. Na Amazônia, a exploração dos recursos naturais, por parte das populações antigas, inclui um território com ecossistemas diferenciados, explorados complementarmente. Assim, na verdade, a ocupação territorial era o modo pelo qual tanto várzea, quanto interflúvios e terras firmes eram economicamente conectadas e culturalmente integradas.
Esses estudos atestam a grande importância do conhecimento das populações indígenas e tradicionais sobre o comportamento da floresta tropical e, principalmente, sobre a formação de alguns de seus ecossistemas. Ecossistemas que, por conta disto, seriam muito mais jardins do que selvagens e estariam muito mais próximos do paraíso do que do inferno. Ou seja, constituem paisagens artesanais. Eles também mostram que culturas e saberes tradicionais podem contribuir para a manutenção da biodiversidade de muitos ecossistemas amazônicos. Significativamente, direta ou indiretamente, os estudiosos também afirmam que, em numerosas situações, esses saberes são o resultado de uma co-evolução entre as sociedades e seus ambientes naturais, permitindo um equilíbrio criativo entre ambos.
Foi o aperfeiçoamento na exploração e uso dos recursos naturais que teria levado as antigas sociedades de caçadores-coletores às sociedades agricultoras posteriores, cujos produtos, conseqüentemente, derivaram dos recursos naturais conquistados pelos primeiros. A afirmação de que os Homens não eram passivos aos ambientes, mas interferiam neles segundo suas necessidades e crenças, implica em reconhecer que há toda uma dinâmica entre o mundo natural e a imagem socialmente construída da paisagem, que permanece permanentemente em obra em favor dos interesses culturais, sociais e políticos humanos. Esses interesses se expressam naquilo que o sociólogo francês Pierre Bourdieu (1930-2002) chamou de “habitus”, consistindo num objeto em que os agentes sociais – que fazem parte do objeto - incluem o conhecimento que têm do objeto e a contribuição que tal conhecimento trás à realidade do objeto. Assim, na dinâmica entre o mundo natural e a imagem social da paisagem, o ambiente se torna o objeto que o Homem conceitua ao conceituar a si mesmo. Portanto, os ecossistemas amazônicos sobre os quais os Homens intervieram foi a construção social do mundo, em que os agentes sociais, foram eles próprios, em sua prática coletiva, os sujeitos de atos de construção desse mundo.

Brasil e a Transformação da Paisagem





A Caixa Cultural Sé apresenta a exposição “Brasil e a Transformação da Paisagem”, dos dias 3 de abril a 23 de maio, e leva ao público um recorte com 52 imagens da obra do fotógrafo sergipano José Caldas, reconhecido como um dos mais importantes documentaristas da natureza brasileira em atividade.

Viajar pelo interior do Brasil pode proporcionar experiências das mais variadas e revelar cenários e situações surpreendentes. Admirando as fotos expostas – muitas delas em grandes formatos (até 2,7 metros de largura) – essa sensação de imponência salta das paredes, somando-se a ela uma viagem no tempo, que reflete as transformações ocorridas em um período intenso e recente da história do Brasil, equivalente aos 20 anos de formação do acervo de José Caldas.

O Brasil teve um percurso histórico muito predatório de seus recursos naturais, o que se intensificou com a ascenção de sua capacidade produtiva e realidade demográfica. Ao mesmo tempo, a consciência ambiental ganhou força com uma postura crítica frente ao uso indiscriminado das reservas naturais do planeta.

A forma que Caldas encontrou de se posicionar diante desse dilema histórico foi colecionar imagens e tecer com isso o mapa iconográfico de um Brasil particular. Seus registros focam a natureza e a presença humana no território, no que ele próprio prefere denominar “documentação geográfica”. Retratos do que está em vias de extinção, do que é novo, do que merece ser preservado.

Expressar a visão do artista do que é emblemático de cada contexto, ou simplesmente de cenas expressivas que se apresentam à sua frente, sem explicação. Suas fotos são documentos que se agregam ao patrimônio de imagens da nação, não só pelo que documentam, mas por expressarem a visão do artista.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Rússia quer provar até 2013 que 1 milhão de km2 do Ártico lhe pertence


Um representante do governo da Rússia disse nessa semana que o país pretende comprovar, até 2013, que uma área de mais de um milhão de quilômetros quadrados no Ártico faz parte de seu território, em meio a uma corrida com outros países pelo controle dos recursos minerais na região.
A declaração do conselheiro do presidente Dmitry Medvedev para as mudanças climáticas, Alexander Bedritsky, foi feita durante uma reunião internacional em Moscou para discutir a divisão do território do Ártico e a cooperação entre Rússia, Noruega, Canadá, Dinamarca e Estados Unidos.
Estima-se que a região do Polo Norte guarde cerca de 25% das reservas mundiais de petróleo e gás natural, e esses países, que têm territórios próximos ao Ártico, ainda não alcançaram um consenso sobre como dividir a área.
Bedritsky disse que seu país pretende apresentar à ONU dados adicionais entre 2012 e 2013 para comprovar que o país tem direito ao território que reivindica.
Cerca de 300 delegados tiveram essa semana em Moscou, discutindo as possibilidades de cooperação entre os países e as principais reivindicações por faixas de território.
Um ponto polêmico é uma montanha submersa conhecida como Cordilheira de Lomonosov. Em 2001, Moscou reivindicou o território, disputado com o Canadá, às Nações Unidas. O pedido foi rejeitado por falta de evidências de que o pico faz parte da plataforma continental onde fica a Rússia.
De acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, o país precisa comprovar que a região submersa é uma extensão do território russo para ter direito de exploração sobre ela.
Há três anos, uma expedição russa colocou uma bandeira de titânio no solo oceânico sob o Polo Norte como gesto simbólico da reivindicação do país.

Brasil - um país de otimistas


Um levantamento realizado por um instituto de pesquisas americano aponta que os brasileiros estão divididos em sua avaliação sobre as condições gerais do país, embora sejam uma das populações mais otimistas entre os 22 países avaliados.
De acordo com a pesquisa, conduzida pelo Pew Research Center, 50% dos brasileiros estão satisfeitos com a situação geral do país, enquanto 49% se disseram insatisfeitos.
Mesmo assim, o Brasil tem a segunda população mais otimista entre os países avaliados, perdendo apenas para a China, onde 87% das pessoas se mostraram satisfeitas.
A economia parece ser um dos maiores motivos para o otimismo da população brasileira.
Segundo o levantamento, 62% dos brasileiros acham que a situação econômica nacional é boa, 75% acreditam que a economia do Brasil vai melhorar e 76% creem que o governo está fazendo um bom trabalho na área.
O levantamento também indica quais são as principais preocupações dos brasileiros.
Segundo o estudo, 85% dos pesquisados apontaram as drogas como um problema muito grave no país.
Em seguida, entre os mais citados como problemas graves, aparecem a criminalidade (citada por 83%), os políticos corruptos (79%), a desigualdade social (66%), a poluição (62%), as doenças infecciosas (58%) e os problemas econômicos (53%).
Entre os líderes políticos citados na pesquisa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem a maior aprovação: 78% dos entrevistados dizem ter muita ou alguma confiança nele.
O pior índice é o do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, com apenas 13% dos entrevistados afirmando terem alguma confiança nele.
Segundo o Pew Research Center, 84% da população acha que Lula tem uma influência positiva sobre a situação atual do Brasil.
Já 53% dos brasileiros entrevistados acreditam que o país se tornará uma potência global um dia.

Eleições 2010...

Enfim...EUA anunciam que o poço no Golfo do México foi selado


Autoridades dos Estados Unidos anunciaram neste domingo que o poço danificado pela explosão de uma plataforma de petróleo no Golfo do México, no último dia 20 de abril, foi finalmente selado.
A explosão da plataforma Deepwater Horizon, operada pela empresa britânica BP, deixou 11 trabalhadores mortos e fez com que milhões de barris de petróleo vazassem no Golfo do México, no pior desastre ambiental da história dos EUA.
Segundo as autoridades americanas, um teste de pressão apontou que uma “tampa” de cimento colocada pela BP para selar permanentemente o poço danificado está funcionando.
O vazamento criou um desastre ambiental que atingiu diversos pontos da costa americana e também teve implicações políticas e econômicas, levando à renúncia do presidente-executivo da empresa, Tony Hayward, e causando a suspensão da exploração de petróleo em águas profundas por parte do governo dos EUA.
No início de agosto, o governo dos EUA anunciou que quase três quartos do óleo vazado foi recolhido ou decomposto de maneira natural.
Mas pesquisas recentes apontam que há uma grande camada submarina de óleo cru que se estende por 35 km a partir do local do vazamento.
Apesar do otimismo em relação à limpeza do Golfo, os danos à economia, à vida selvagem e ao ecossistema da região ainda são difíceis de serem avaliados.

China suspende diálogo de alto nível com Japão


A China suspendeu o diálogo de alto nível com o Japão, incluindo negociações sobre aviação e carvão, e prometeu retaliações após a prisão do capitão de uma embarcação chinesa por autoridades japonesas.
Mais cedo, um tribunal em Okinawa, no Japão, decidiu estender em 10 dias a detenção do capitão Zhan Qixiong, envolvido em uma colisão próxima a ilhas disputadas pelos dois países no dia 7 de setembro.
As autoridades japonesas acusam o pescador chinês de ter deliberadamente atingido uma embarcação da guarda-costeira japonesa e de ter obstruído o acesso de funcionários públicos japoneses à ilhas no Mar da China Oriental.
No Japão, o arquipélago em questão é conhecido como Senkaku e, na China, como Diaoyu.
“Exigimos que o Japão devolva o capitão chinês incondicionalmente e imediatamente. Se o Japão continuar a tomar o caminho errado, a China vai adotar medidas duras e o Japão terá de lidar com as consequencias”, declaração do Ma Zhaoxu, Ministério do Exterior chinês divulgada pela televisão estatal do país.
As ilhas disputadas ficam próximas a rotas marítimas de importância estratégica, além de estarem em uma área rica em peixes e onde acredita-se haver petróleo.
O Japão atualmente controla o arquipélago, mas ambos os países declaram ter posse das ilhas.

Brasil reduz mortalidade materna, mas em ritmo insuficiente diz OMS

Um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado nesta quarta-feira aponta que a taxa de mulheres que morrem devido a complicações na gestação ou no parto caiu pela metade no Brasil nas últimas décadas.
Entre 1990 e 2008, a taxa no Brasil passou de 120 mortes por 100 mil nascimentos para 58 mortes por 100 mil.
O ritmo de redução atual (de em média 4% ao ano no período), no entanto, ainda é insuficiente para que o Brasil cumpra a meta do milênio da ONU relacionada à mortalidade materna – que é de reduzir a taxa em 75% até 2015.
O estudo define mortalidade materna como mortes de mulheres durante a gravidez ou 42 dias após o parto, por causas relacionadas à gestação. As principais causas são: sangramento pós-parto, infecções, hipertensão e abortos inseguros.
A redução da mortalidade materna é considerada importante para garantir o cumprimento de outros objetivos do milênio, como a redução da mortalidade infantil e a adesão de crianças ao ensino primário.
A região campeã em mortalidade materna é a África Subsaariana, cuja taxa foi de 640 mortes por 100 mil nascimentos vivos em 2008. Para efeitos comparativos, esse índice é de 14 em países e territórios desenvolvidos e de 85 na América Latina e Caribe.
Há países que fizeram avanços significativos, como a China, que passou de uma taxa semelhante à brasileira – 120 mortes por 100 mil em 1990 – para 38 em 2008.

Eleições 2010...

Cuba vai cortar meio milhão de empregos estatais até 2011


O governo cubano anunciou nesta segunda-feira que demitirá pelo menos 500 mil funcionário públicos, ou cerca de 20% dos trabalhadores estatais do país, nos próximos seis meses.
Em contrapartida, as autoridades em Havana determinaram a ampliação do número de permissões para se trabalhar por conta própria e abrir pequenas empresas, na maior mudança de mão-de-obra para o setor privado desde a revolução cubana em 1959.
No mês passado, o presidente do país, Raúl Castro, já havia sinalizado que haveria cortes, ao dizer que gostaria de reduzir o papel do Estado para lidar com a grave crise que atingia a economia socialista do país.
Os cortes no setor público podem chegar a até 1 milhão de postos, já que a Central de Trabalhadores de Cuba (CTC) disse, em comunicado, que “é sabido que o excesso de vagas é de mais de 1 milhão nos setores orçamentário e empresarial”.
A CTC afirmou que “o Estado não pode nem deve continuar a manter empresas com quadro de funcionários inflados, que criam empecilhos para a economia e deformam a conduta dos trabalhadores”.
A maioria das vagas cortadas serão em setores burocráticos do governo, especialmente nos Ministérios do Açúcar, Saúde Pública e Turismo. Aos demitidos serão oferecidas vagas em setores com déficit de vagas de trabalho como agricultura, construção, magistério, polícia e construção.
Quem não aceitar o novo cargo será demitido e terá direito a receber um salário mensal a cada dez anos trabalhado. A idoneidade de cada trabalhador será o quesito analisado para se decidir quem fica no cargo e quem será demitido e já foram criadas comissões para estudar os casos.
Também serão emitidas 460 mil licenças para os cubanos abrirem seus próprios negócios e mais de cem tipos de atividades profissionais particulares passarão a ser permitidas. Outra novidade é que os autônomos poderão contratar funcionários – antes, a lei permitia apenas que parentes do licenciado trabalhassem na microempresa.
Os cubanos que abrirem ou já tiverem seu próprio negócio também poderão vender seus produtos ou serviços ao governo. Além disso, poderão abrir conta no banco e terão direito à previdência.

Fidel não é o mesmo?


Fidel Castro disse que o modelo econômico de Cuba não funciona mais, escreveu um jornalista dos EUA na quarta-feira (08), após realizar entrevistas com o ex-presidente cubano na semana passada.
Jeffrey Goldberg, articulista da revista Atlantic Monthly, contou num blog que perguntou a Fidel, de 84 anos, se ainda vale apenas tentar exportar o modelo comunista cubano para outros países. “O modelo cubano não funciona mais nem para nós”, teria respondido Fidel.
O comentário parece refletir a concordância de Fidel - já manifestada numa coluna em abril na imprensa estatal cubana - com as modestas reformas econômicas que vêm sendo promovidas por seu irmão caçula Raúl, atual presidente de Cuba.
Creio que com essas palavras Fidel demostra mais uma vez sabedoria, que fez dele uma GRANDE líder mundial. Creio que as palavras de Fidel reflitam uma admissão de que são necessárias mudanças profundas em Cuba, pois o Estado tem um papel muito grande na economia atual do país.
Parece que Fidel está em um momento de autocrítica, e de manifestação de apoio as reformas propostas pelo seu irmão Raul Castro.
Nos últimos anos, debateram-se muito as diferenças políticas entre os dois irmãos. Raúl Castro deu início a uma série de reformas em terrenos delicados como o econômico, político e até dos direitos humanos.
Para realizá-las, sua única opção era mudar medidas adotadas pelo próprio Fidel, entre elas a desestatização da agricultura, o acesso a hotéis, à internet e a libertação dos prisioneiros de consciência.
Desde que assumiu oficialmente a presidência, Raúl Castro deu início a uma série de reformas que lentamente transformaram o modelo econômico cubano, caracterizado até então pela total estatização da economia.
Em um de seus discursos, aceitou que existam diferenças sociais dentro do socialismo e abriu o acesso de cubanos a telefones celulares, computadores e hotéis, onde a cifra de turistas nacionais disparou até chegar a 10% da ocupação total no verão do ano passado.
Na agricultura, Raúl Castro iniciou uma reforma agrária que inclui 50% das terras cultiváveis, acabando com as granjas estatais e dividindo a terra entre famílias camponesas, o setor rural mais produtivo de Cuba.
A redução de pessoal nas empresas estatais também permitiu que mais pessoas passassem a trabalhar por conta própria e, por sua vez, anunciar a contratação de mais pessoal, com a abertura de pequenas empresas, antes mal vistas em Cuba.
Fidel parece fisicamente frágil, mas mentalmente está muito lúcido. Viva Fidel!

Eleições 2010...

Atuação do Brasil na África


Alvo de intensos esforços diplomáticos, comerciais e de cooperação durante a Presidência de Luiz Inácio Lula, a África tornou-se um exemplo de como o Brasil é capaz de ampliar sua presença no mundo.
O governo brasileiro acredita que a presença na África é importante para garantir espaço entre futuros países consumidores, uma vez que cada vez mais nações africanas vêm deixando para trás histórias de conflito e combatendo a pobreza.
O presidente Lula gosta de lembrar que, desde janeiro de 2003, visitou 27 países africanos, “mais que todos os presidentes da História do Brasil juntos”.
“A África deixou de ser um continente problema e está cada vez mais se tornando um continente de oportunidades”, afirmou uma fonte do Ministério das Relações Exteriores, resumindo um pensamento que o próprio Lula e seu chanceler, Celso Amorim, costumam repetir.
O valor das relações comerciais entre Brasil e África, que era de US$ 5 bilhões ao final de 2002, mais que quintuplicou em 2008, quando chegou a US$ 26 bilhões.
Entre 2002 e 2008, as exportações cresceram 340% e três quartos delas foram de itens manufaturados.
Os números refletem o dinamismo com que o setor privado brasileiro tem se expandido no continente. Empresas como Odebrecht, Vale e Camargo Correa competem agressivamente com concorrentes por mercados.
Depois de quase quatro décadas de guerra de independência e civil, Angola vem crescendo a uma taxa média anual de 13% desde o fim dos conflitos, em 2002.
O governo angolano prometeu construir até 2012 um milhão de casas para a população de mais baixa renda, e empresas como a Odebrecht, que já tem uma presença de três décadas no país, têm agarrado as oportunidades.
Mas por vezes a presença brasileira encontra concorrentes fortes. O principal deles é a China, que tem se inserido fortemente no mercado africano em busca de recursos naturais para alimentar seu crescimento econômico.
Estima-se que o banco chinês de desenvolvimento tenha investido cerca de US$ 10 bilhões na última década em projetos em Angola - país que é o terceiro maior produtor de petróleo da África.
Em Moçambique, os US$ 2 bilhões que a mineradora Vale investe para começar a extrair carvão da mina de Moatize, a partir de janeiro de 2011, parecem pequenos diante dos US$ 15 bilhões que a China investirá no país nos próximos cinco anos - principalmente em projetos de infraestrutura. Além disso, em 2006, a Vale perdeu para a concorrente chinesa a concessão de um projeto de extração de minério de ferro no Gabão. Comentando esse episódio recentemente na Tanzânia, Lula desafiou os concorrentes chineses e disse que a Vale, se tivesse sido escolhida, criaria mais empregos locais.
Empresas brasileiras, entretanto, vêm sendo alvo de críticas na região. Em Moçambique, a Camargo Correa está na berlinda devido a uma barragem, que segundo críticos seria construída sem que estudos de impacto ambiental tenham sido concluídos.
O projeto Mpanda Mkuwa, no valor de US$ 2 bilhões, erguerá uma represa no Rio Zambeze para gerar 2,7 mil megawatts de energia. Apesar de os estudos sobre o impacto na biodiversidade do local só ficarem prontos no fim do ano que vem, o governo moçambicano deu o sinal verde para o projeto no mês passado.
“Esta imagem de que as empresas brasileiras são mais éticas que as outras, por exemplo, as chinesas, é completamente falsa”, diz o porta-voz da organização moçambicana Justiça Ambiental, Jeremias Filipe, apesar da culpa ser principalmente o governo de seu país, completa Filipe.
Menos polêmicos são os projetos de cooperação que o Brasil desenvolve na África. A chamada “diplomacia da generosidade” rende ao país prestígio e liderança em fóruns internacionais.
Segundo a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), para o biênio 2009-2010 estão previstos 150 projetos de cooperação na região, com um orçamento total de US$ 38 milhões.
De todo o volume de recursos alocados para projetos de cooperação técnica no continente, 74% estão nos países de língua portuguesa – para os quais o Brasil é uma espécie de “irmão maior”, nas palavras do embaixador brasileiro em Moçambique, Antonio de Souza e Silva.
Um dos projetos de cooperação mais importantes do Brasil na África é o chamado Cotton 4, no qual o país transfere tecnologia para aperfeiçoar o algodão em quatro países pobres e altamente dependente das exportações desse produto (Benin, Burkina Fasso, Chade e Mali).
O projeto se tornou tão importante que até a Empresa Brasileira de Pesquisa Agrícola (Embrapa) passou a ter um representante no Mali para coordenar o projeto.
Com custo de US$ 4 milhões para o Brasil, o Cotton 4 permitiu que o governo brasileiro demonstrasse força, ao articular na Organização Mundial do Comércio (OMC) uma retaliação aos EUA por seu protecionismo ao algodão.

Grupo Separatista Basco ETA anuncia fim de ações armadas


O grupo separatista basco ETA afirmou que não vai mais realizar atentados em sua campanha por independência na Espanha.
O comunicado foi publicado no jornal basco “Gara” em sua versão on-line neste domingo (5).
Segundo o jornal, não está claro se o cessar-fogo é permanente ou temporário.
De acordo com o diário espanhol “El País”, um vídeo enviado pelo grupo à britânica BBC anuncia que o grupo “não realizará mais ações armadas”. No vídeo, integrantes do ETA dizem que o grupo tomou a decisão há meses para “pôr em marcha um processo democrático”.
O ministro do Interior do País Basco, Rodolfo Ares, afirmou que a única coisa que a sociedade basca espera é um fim definitivo das atividades terroristas, e que a declaração do ETA é “insuficiente”
Antes de o grupo basco tornar pública a decisão, afirma o “El País”, o governo já havia anunciado que a única forma de negociar com o ETA era com a deposição das armas e o abandono definitivo de ações violentas.
Responsável por cerca de 850 mortes em quatro décadas de luta pela criação de um Estado Basco, numa região situada a norte da Espanha e sul da França, a organização vem sendo enfraquecida pela prisão de muitos de seus líderes nos últimos anos.
O principal líder do grupo e outras duas liderenças importantes foram presos em fevereiro no norte da França. O ETA já havia declarado um cessar-fogo permanente em março de 2006, mas o primeiro-ministro espanhol Jose Luis Rodriguez Zapatero interrompeu o processo de paz no mesmo ano após o grupo detonar um carro-bomba no aeroporto de Madri, matando duas pessoas.

Conflito: Árabes X Judeus

Economia cresce 1,2% no 2º Trimestre e supera expectativas do governo


A economia brasileira teve crescimento de 1,2% no segundo trimestre de 2010 (de abril a junho) em relação ao trimestre anterior, informou nesta sexta-feira (3) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado ficou um pouco acima do esperado pela média do mercado, mas ainda representa desaceleração se comparado ao crescimento de 2,7% observado nos primeiros três meses deste ano.
Crescimento semestral de 8,9% foi o melhor desempenho histórico para um semestre desde o início da série, em 196O crescimento ficou acima das expectativas do mercado e do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que, no início da semana, disse que estimava que o Brasil tivesse crescido entre 0,5% e 1% no segundo trimestre.
Na comparação com o segundo trimestre de 2009, o Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma das riquezas produzidas no país, cresceu 8,8%.
O 2º trimestre foi marcado pela retirada dos estímulos fiscais que haviam sido adotados pelo governo para estimular a economia no pós-crise.
Para o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, os dados do PIB confirmam o diagnóstico da autoridade monetária de que a economia brasileira se “desloca para uma trajetória mais condizente com o equilíbrio de longo prazo”.

Etanol vive crise de "meia-idade" no Brasil, diz Economist


A Edição desta semana da revista britânica The Economist traz uma reportagem sobre os desafios da produção de etanol no Brasil, em meio às eleições, ao foco na exploração de petróleo no pré-sal e ao que o setor da cana-de-açúcar considera serem falhas regulatórias do governo.
Intitulada “a crise de meia-idade do etanol”, a reportagem diz que a cana abriu caminho para formar “o núcleo de um novo complexo agroindustrial e de energia renovável”, além de tornar o país o maior exportador da commodity.
Mas a Economist avalia que a indústria ainda está lutando para “transformar todos esses benefícios econômicos e ambientais em lucros confiáveis” e cita trocas de acusações entre o setor e o governo quanto a marcos regulatórios.
Desde que o Brasil aliviou os controles sobre o preço e a produção da cana, há duas décadas, sua colheita aumentou duas vezes e meia, segundo os cálculos da Economist, e o uso do etanol mais que dobrou desde 2002.
Por conta das vantagens ecológicas – sua produção libera muito menos emissões que a de petróleo ou de etanol de milho –, o “etanol da cana-de-açúcar tem o potencial para se tornar uma indústria global”, opina a Economist.
No entanto, enquanto o Brasil exporta 70% de sua produção de açúcar, 75% do etanol produzido no país destina-se ao mercado interno, principalmente em decorrência das práticas protecionistas de EUA e União Europeia.
Aumentar as exportações também requer grandes investimentos em infraestrutura, aponta a revista. “Até que o mercado global do etanol decole, os produtores brasileiros permanecerão incomodamente dependentes das vendas internas e da Petrobras (…), que é tanto sua maior compradora [ao misturar etanol na gasolina] quanto sua principal concorrente” no fornecimento de combustível ao público.
O setor da cana-de-açúcar se queixou à Economist que, enquanto o preço do etanol sobe e desce dependendo da demanda mundial pelo açúcar, o preço da gasolina no Brasil não se ajusta rapidamente a mudanças no preço do petróleo. Já membros do governo defendem que, para garantir um fornecimento estável, o etanol deveria ser regulado pela Agência Nacional do Petróleo.
O debate é ofuscado, segundo a revista, pelas novas descobertas de petróleo no Brasil e pela possível eleição de Dilma Rousseff à Presidência, “que acredita mais fortemente que [Luiz Inácio Lula da Silva] no planejamento estatal da indústria energética”, diz a Economist.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Erosão e Deposição de Sedimentos/Ocupação Humana - 6º ANO


A erosão e a deposição de sedimentos conduzem a formas de relevo das quais se salientam as praias, resultantes da acumulação de sedimentos, e as arribas, resultantes da intensa erosão marinha. Entende-se por erosão a remoção de materiais resultantes da alteração das rochas e por deposição de sedimentos a junção de vários detritos de rochas ou outros materiais. A ocupação humana das zonas costeiras faz-se de forma anárquica devido a uma procura cada vez maior das zonas do litoral, em especial praias, como destino turístico e de lazer. Esta procura conduz à edificação em arribas, em zonas de praias e à construção de infra-estruturas, como marinas, destinadas a albergar embarcações de recreio ou à construção de grandes portos de mar, para trocas comerciais. Esta acção exagerada provoca alterações nos ciclos de abrasão e de deposições marinhas, que potenciam o risco geológico de desabamento de casas e de edificações. ATENÇÃO ALUNOS! FAÇAM A LEITURA DO TEXTO E PRODUZAM UMA SÍNTESE DO MESMO NO CADERNO. MÍNIMO 10 LINHAS.

domingo, 5 de setembro de 2010

Constituição evidencia estratégias geopolíticas do país

01-09-2010 18:27

Luanda – A Lei Constitucional da República de Angola evidencia estratégias geopolíticas do país, no seu artigo 12º, onde defende que o Estado angolano não permite a instalação de bases militares estrangeiras no seu território, sem prejuízo de participação, no quadro das organizações regionais ou internacionais.

Esta afirmação é do analista político angolano Belarmino Van-Dúnem, que dissertava nesta quarta-feira, em Luanda, uma palestra sob o tema “O posicionamento Geo-político da República de Angola no actual contexto do interesse nacional”, enquadrada nas comemorações do 13º aniversário do Instituto de Defesa Nacional.

Na sua intervenção, frisou que as dinâmicas existentes a nível das organizações económicas regionais constituem um exemplo claro das intenções geopolíticas de Angola, tendo em conta que a mesma tem como objectivo cumprir com a finalidade jurídica e a manutenção na arena internacional.

“As intenções de Angola, relativamente aos objectivos geopolíticos, podem ser encontradas na agenda nacional de consenso, onde fica expresso que o país pretende transformar-se num Estado respeitado”, sublinhou.

Relativamente aos aspectos regionais, asseverou que podem de igual modo ser verificados vários projectos económicos, como demonstram os tratados das regiões económicas do continente, que têm como objectivo promover o crescimento económico, desenvolvimento sustentável e equitativo.

Neste contexto, afirmou que existe de igual modo uma geopolítica regional em África, tendo em conta a tendência e vontade comum para implementação de políticas regionais e a divisão do continente em regiões económicas reconhecidas pela União Africana.

Dentre as referidas regiões, destacou a Comunidade Económica da África do Oeste (CEDEAO), o Mercado Comum da África Oriental e Austral (COMESA), a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e a Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (IGAD).

A cerimónia comemorativa do 13º aniversário do Instituto de Defesa Nacional, que decorreu no anfiteatro do Estado Maior General das FAA, foi presidida pelo ministro da Defesa, Cândido dos Santos Van-Dúnem.

Estiveram presentes os vice-ministros da Defesa Nacional para a política de defesa nacional, Gaspar Rufino dos Santos, e para os recursos materiais, Salviano de Jesus Sequeira.

Assistiram igualmente ao acto o chefe do Estado Maior General das FAA em exercício, Geraldo Sachipengo Nunda, os chefes do Estado Maior dos três ramos (Exército, Marinha e Força Aérea), o director-geral do IDN, brigadeiro Armindo Bravo da Rosa “Kamaka”, generais, almirantes e deputados da 2ª Comissão da Assembleia Nacional.

Fundado a 1 de Setembro de 1997, o Instituto de Defesa Nacional é um organismo estrutural e organicamente tutelado pelo Ministério da Defesa Nacional, cujas actividades se inserem no âmbito de um instituto público.

Fonte: http://www.portalangop.co.ao/motix/pt_pt/noticias/politica/2010/8/35/Constituicao-evidencia-estrategias-geopoliticas-pais,b7b96969-e6af-43cc-b316-33092c20e49e.html

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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Exercícios Programados sobre Revolução Industrial/1º Ano

ATENÇÃO ALUNOS! LEIAM E RESOLVAM COM CALMA AS QUESTÕES ABAIXO E ENTREGUEM O GABARITO NA AULA DO DIA 08/09/2010. ABRAÇOS...PROF. THIAGO MARTINS.

01- Entre os fatores que fizeram da Inglaterra o berço propício à eclosão da Revolução Industrial, podemos citar os seguintes:


a) As condições sociais e políticas da época eram favoráveis.

b) Com a criação do Banco da Inglaterra, essa nação tornou-se o maior centro capitalista da época.

c) O sistema corporativo não chegara a se enraizar desde a Idade Média.

d) A supremacia naval inglesa assegurava o controle das rotas de distribuição de mercadorias.

e) Todas as anteriores.


02- (PUCCAMP) "O produto da atividade humana é separado de seu produtor e açambarcado por uma minoria: a substância humana é absorvida pelas coisas produzidas, em lugar de pertencer ao homem."

A partir do texto, pode-se afirmar que a Revolução Industrial:


a) produziu a hegemonia do capitalista na produção social;

b) tornou a manufatura uma alternativa para o artesanato;

c) introduziu métodos manuais de trabalho na produção;

d) tornou o homem mais importante que a máquina;

e) valorizou o produtor autônomo.


03- Podemos dizer que a supremacia marítima e comercial da Inglaterra foi um dos fatores decisivos para o processamento da Revolução Industrial porque:


a) assegurava o fornecimento de matéria-prima;

b) permitia um maior desenvolvimento técnico;

c) eliminava a concorrência francesa;

d) assegurava o mercado para as manufaturas e impunha a diminuição de seus custos de produção;

e) permitia a utilização de mão-de-obra escrava.


04- (CESGRANRIO) A Revolução Industrial transformou profundamente a ordem econômica mundial. Suas origens na Inglaterra relacionam-se com o(a):


a) declínio da monarquia;

b) liberação de mão-de-obra da cidade para o campo;

c) triunfo da ideologia liberal;

d) fortalecimento do sistema familiar de produção;

e) fim da hegemonia marítima.

05- A locomotiva a vapor de Stephenson, o telégrafo elétrico de Morse e o processo Bessemer de fabricação do aço correspondem:


a) à Revolução Industrial antes de 1760;

b) à Revolução Industrial entre 1860 e 1900;

c) às inovações técnicas anteriores a 1860;

d) às inovações técnicas posteriores a 1860;

e) esses inventos ocorreram já no século XX, portanto, na 3ª Revolução Industrial.

Afeganistão: "Arábia Saudita" do Lítio


Os EUA localizaram quase US$ 1 trilhão em depósitos minerais inexplorados no Afeganistão, muito superiores a quaisquer reservas anteriormente conhecidas e o suficiente para alterar fundamentalmente a economia afegã e o rumo da guerra no país, de acordo com importantes funcionários do governo norte-americano.

Os depósitos anteriormente desconhecidos - que incluem grandes veios de minério de ferro, cobalto, cobre, ouro e metais críticos para a indústria, como o lítio - são tão grandes e incluem tantos minerais essenciais à indústria moderna que o Afeganistão poderia no futuro se transformar em um dos mais importantes centros mundiais de mineração, acreditam as autoridades norte-americanas.

Um memorando interno do Pentágono, por exemplo, afirma que o Afeganistão poderia se tornar a “Arábia Saudita do lítio“, uma importante matéria-prima para a fabricação das baterias usadas em laptops e celulares.

A imensa escala da riqueza mineral afegão foi descoberta por uma pequena equipe de funcionários do Pentágono e geólogos norte-americanos. O governo afegão e o presidente Hamid Karzai foram recentemente informados a respeito, informaram os funcionários norte-americanos.

A economia afegã encolhida por obra da guerra, cuja principal atividade no momento é a produção de ópio e o tráfico de narcóticos, e que depende pesadamente de assistência dos Estados Unidos e das demais nações industrializadas. O Produto Interno Bruto (PIB) afegão é de apenas US$ 12 bilhões anuais.

Funcionários dos governos norte-americano e afegão aceitaram falar sobre as descobertas minerais em meio a um momento difícil na guerra afegã. Enquanto isso, acusações de corrupção e favorecimento continuam a afligir o governo Karzai, e o presidente parece cada vez mais amargurado com relação à Casa Branca.

Assim, o governo Obama está ansioso por notícias positivas vindas do Afeganistão. Mas os funcionários norte-americanos reconhecem que as descobertas minerais certamente terão impactos contraditórios.

Em lugar de propiciar a paz, a riqueza mineral recentemente descoberta poderia fazer com que o Talibã combatesse de forma ainda mais feroz por retomar o controle do país.

Ao mesmo tempo, funcionários norte-americanos temem que a China, faminta por recursos naturais, tente dominar o desenvolvimento da riqueza mineral afegã, o que pode incomodar os Estados Unidos, dado seu pesado investimento na região, Depois de vencer a concorrência pelo desenvolvimento da mina de Aynak, na província de Logar, a China claramente deseja mais, disseram funcionários norte-americanos.

Outra complicação, porque o Afeganistão jamais teve muita indústria pesada, é que o país tem pouca ou nenhuma história de proteção ambiental, tampouco.

Virtualmente desprovido de setor de mineração ou inifraestrutura, no momento, serão necessárias décadas para que o Afeganistão possa explorar plenamente sua riqueza mineral.

Os depósitos minerais estão espalhados pelo país, o que inclui as regiões sul e leste, ao longo da fronteira do Paquistão, que viram alguns dos mais intensos combates na guerra liderada pelos Estados Unidos contra os insurgentes do Talibã.

O grupo de trabalho do Pentágono já começou a tentar ajudar os afegãos a estabelecer um sistema para organizar o desenvolvimento mineral. Empresas internacionais de auditoria que conhecem bem os contratos de mineração foram contratadas para assessorar o Ministério das Minas afegão e dados técnicos estão sendo preparados para envio a empresas multinacionais de mineração e outros potenciais investidores estrangeiros.

O Pentágono está ajudando o governo afegão a iniciar o processo de concorrência para a distribuição dos direitos de mineração, até o final deste ano, de acordo com funcionários norte-americanos.

Fico daqui de longe analisando essas “ações” dos EUA, tenho pena do Afeganistão! Ajudar os afegões a estabelecer um sistema para organizar o desenvolvimento mineral, conta outra vai Casa Branca.

Matéria: Diga do amigo e leitor Simonete

China é a maior investidora em energia limpa/2º Ano


A China ultrapassou os Estados Unidos em 2009 e se tornou o maior investidor em tecnologia de energias renováveis, segundo um relatório divulgado nos Estados Unidos.

Os pesquisadores do instituto americano Pew calculam que a China investiu US$ 34 bilhões (cerca de R$ 62 bilhões) em energia limpa no ano passado, quase o dobro do investimento realizado nos Estados Unidos.

O Brasil ficou em quinto lugar na lista entre os países do G20, tendo investido aproximadamente R$ 13,2 bilhões, atrás de China, EUA, Grã-Bretanha e Espanha.

O crescimento mais espetacular ocorreu na Coreia do Sul, onde a capacidade instalada cresceu 250% nos últimos cinco anos.

Os Estados Unidos ainda mantêm uma pequena liderança na capacidade total instalada, mas se a tendência continuar em 2010, a China deverá ultrapassar o país ainda neste ano.

A meta do governo chinês de ter 30GW de capacidade de energia renovável instalados até 2020 está para ser cumprida em breve com o uso apenas de energia eólica (do vento), e novas metas já estão sendo estabelecidas.

Mas o uso de combustíveis fósseis na China também está em rápida expansão.

Até agora, as renováveis respondem por uma pequena parcela da energia consumida na China, mas a meta do país é que 15% de sua energia venham de fontes limpas até 2020.

A energia eólica foi o setor dominante na maioria dos países que realizaram altos investimentos em energias renováveis, com exceção da Espanha, Alemanha e Itália, onde a energia solar foi a campeã de investimentos

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Esquerda ou Direita?


Você é de esquerda ou direita? Viajando pelo mundo virtual, me deparei com um site (www.politicalcompass.org) bastante interessante, onde é possível fazer um teste para saber se a pessoa é de esquerda ou direita, autoritário ou libertário. Segue o gráfico com o meu resultado.

Eleições 2010...

Lula assina contrato de concessão da usina de Belo Monte



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou na quinta-feira (26) passada o decreto que autoriza a concessão da exploração do potencial hidrelétrico da usina de Belo Monte, no rio Xingu (PA). Com isso, o consórcio Norte Energia, que venceu em abril o leilão para a construção da hidrelétrica, fica autorizado a iniciar as obras. O consórcio é composto por 18 empresas, tendo Eletrobrás, Chesf e Eletronorte como principais acionistas. Ele poderá explorar o potencial hídrico da usina por 35 anos.
De acordo com o Planalto, a Norte Energia firmará contratos de comercialização da energia produzida em Belo Monte com as concessionárias de distribuição num valor total de R$ 62 bilhões. A expectativa é de que a hidrelétrica comece a operar em 2015. A construção da usina, que será a terceira maior do mundo, gerou protestos de ambientalistas e da população indígena que vive nas margens do rio Xingu. Eles alegam que a hidrelétrica vai provocar desmatamentos e alagar tribos indígenas. O governo, por sua vez, explica que o projeto final da usina teve o reservatório reduzido em relação à proposta inicial em 60%. De acordo com a Presidência, a média de áreas alagadas por usinas hidrelétricas é de 0,49km² por megawatt, enquanto Belo Monte terá um impacto de 0,04 km² por megawatt instalado, o que não provocará grandes alagamentos.
A capacidade mínima da usina que será construída no Pará é de 11.233,1 megawatts, menor apenas que a de Três Gargantas, no rio Yangtzé, na China, e a da binacional Itaipu.

Eleições 2010...

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Brasil e América Central se reúnem para discutir biocombustíveis nos EUA


Ministros da Energia de Brasil, América Central e Caribe se reunirão de quinta-feira até sábado na Flórida (sudeste dos Estados Unidos) para falar sobre biocombustíveis, informou nesta quarta a Organização dos Estados Americanos (OEA), anfitrã do evento.

O encontro faz parte de um memorando de entendimento assinado entre Brasil e Estados Unidos para o desenvolvimento de biocombustíveis, e permitirá que os dois países troquem 'know-how' com seus parceiros centro-americanos e caribenhos, indica o comunicado da OEA que anuncia a reunião.

"Este evento busca fortalecer a cooperação energética entre os países participantes, com ênfase especial na promoção do desenvolvimento sustentável da bioenergia e de seu uso como uma alternativa ao petróleo importado", explicou o diretor de Energia da OEA, Mark Lambrides.

Os ministros, que também discutirão outros tipos de energia limpa, visitarão na sexta-feira um centro de produção de energia solar e cultivos de biocombustíveis na Flórida, segundo o comunicado.

Em 2009, o presidente americano, Barack Obama, propôs na Cúpula das Américas de Puerto España uma aliança para desenvolver formas limpas e alternativas de energia em parceria com a América Latina, e desde então já promoveu o lançamento de diversos projetos com países da região.

Países ricos vão pagar para o Equador não extrair seu petróleo


Os países mais ricos do mundo parecem não ter mais escrúpulos em sua luta contra qualquer forma de crescimento ou desenvolvimento dos países mais pobres que são ricos em recursos naturais. Por décadas as grandes potências vêm boicotando deliberadamente o crescimento dos países pobres, como muito bem descreveu Ha-Joon Chang – autor dos livros “Chutando a Escada” e “Maus Samaritanos“. Um dos principais métodos adotados pelas grandes potências industrializadas tem sido impedir que os países pobres que possuem recursos naturais abundantes, utilizem estes recursos para o seu próprio desenvolvimento. Pressionar para que estes países não explorem seus próprios recursos naturais normalmente resulta em excedentes, que podem ser exportados para os países mais industrializados a preços reduzidos., ou seja, os paises pobres continuam pobres e os ricos ficam mais ricos.

Percebendo que pressões diplomáticas e financeiras diretas (FMI, Banco Mundial) ou pressões indiretas, através da mídia ou de ricas Ongs supostamente ambientalistas, não estavam mais sendo suficientes, agora alguns dos países mais desenvolvidos e poderosos do mundo decidiram ir além: estão simplesmente pagando para que países pobres não utilizem seus próprios recursos energéticos. É isto mesmo nosso caro leitor. Infelizmente, não estamos falando de mecanismos discretos como os créditos de carbono, que impedem que os países pobres utilizem recursos energeticos fosseis, mas pelo menos, podem receber investimentos que contribuem com o desenvolvimento, como energia mais limpa (embora geralmente mais cara). Agora os países desenvolvidos decidiram oferecer dinheiro direto para não extrair petróleo mesmo! O Equador se comprometeu a não explorar algumas de suas reservas petrolíferas recentemente descobertas por um período de 10 anos e países ricos como Alemanha, Holanda, Noruega e Itália vão contribuir para um fundo de 3,6 bilhões de dólares. Segundo estes países, tudo isso é em nome do meio ambiente… Como perguntar não ofende, se realmente estes estão tão preocupados com o meio ambiente, porque eles não param de consumir petróleo? E pergutaria mais, será que ainda não existem tecnologias avançadas, muito mais limpas de extração de petróleo, que reduzem enormemente a possibilidade de acidentes ou impactos ambientais? Porque então, estes países não transferem essas tecnologias para o Equador? Porque exigir que as reservas petrolíferas só sejam exploradas daqui a 10 anos? Que países será que vão se aproveitar destes recursos naturais em 10 anos?

Devido a uma enorme coincidência, esta “iniciativa” ocorre logo depois do Equador iniciar um processo de nacionalização de suas reservas de petróleo, para aumentar o controle público sobre a extração de um recurso natural considerado também um bem público de interesse nacional para o povo equatoriano. O Presidente do Equador, Rafael Correa anunciou a criação de uma nova Lei de Hidrocarbonetos que nacionaliza a produção de petróleo, revisa os contratos feitos no período neoliberal e declarou que as companhias que não aceitarem as novas políticas de petróleo do Equador terão que se submeter a uma nacionalização completa de seus campos petrolíferos. Isto é absolutamente fundamental para a defesa da Soberania do Equador que se vê constantemente vilipendiado e humilhado pelas corporações petrolíferas multinacionais sediadas nas grandes potências. Estas corporações petrolíferas estrangeiras receberam contratos privilegiados, a preços absurdamente reduzidos, no período dos regimes neoliberais que governaram de forma corrupta o país nos anos 1990. Estas mesmas empresas pagam impostos reduzidos devido aos “contratos” assinados pelos governos anteriores, praticamente roubando o petróleo do Equador, utilizando tecnologias antigas e altamente poluidoras, sem o menor respeito ao meio ambiente e ao povo equatoriano. Agora que um governo mais nacionalista está no poder e o Presidente decidiu reagir ao tratamenteo recebido pelas corporações petrolíferas estrangeiras, seu governo passou a ser criticado na imprensa internacional e surgiram radicais “defensores” (?) do meio ambiente, contrários à nova Lei dos Hidrocarbonetos, a mesma que nacionaliza as reservas petrolíferas do país.

A Nova Lei de Hidrocarbonetos do Equador entrou em vigência em 26/07/2010 e foi neste processo que foram aceleradas as negociações em torno do acordo supostamente “conservacionista” proposto pelos paises ricos. Alguém realmente acredita que estes países ricos estão absolutamente desinteressados na questão das possíveis revisões de contrados de suas corporações petrolíferas que podem ocorrer devido à nacionalização por parte do Equador? Está mais do que claro que estes países não querem que as reservas de petróleo do Equador sejam exploradas pelo povo equatoriano e acreditam que em 10 anos haverá outro governo neoliberal e corrupto disposto a entregar as reservas do país às corporações petrolíferas internacionaios.

A pior parte desse processo é que a região que será supostamente “protegida” por esse acordo fica na fronteira tensa do Equador com o Peru, ao lado de um território em litígio, que está em disputa a mais de século entre os dois países e pelo qual Peru e Equador já travaram 2 guerras, uma em 1941 e outra, mais recentemente, em 1995. Será que algum dos países ricos está defendendo a soberania do Equador nesta questão?

Modelo Padrão Seminários/ACB

MODELO PADRÃO CAPA PARA TRABALHOS

MODELO PADRÃO CONTRACAPA PARA TRABALHOS

CRITÉRIOS PARA REALIZAÇÃO DE TRABALHOS