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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Atividade com Filme: Hotel Ruanda/8 e 9 ano

Atividade com filme: Hotel Ruanda
Objetivos da atividade: Discutir o papel da ONU (Organização das Nações Unidas) nos conflitos mundiais;

1. Colocar o nome dos paises do continente afriacano nos seus respectivos lugares e pesquise as colonizações impostas ao continente africano e coloque legenda para essas colonizações.

COLONIZADORES NO CONTINENTE AFRICANO



2. Pesquise e coloque o significado para as seguintes palavras:

• Etnia:
• fronteira política:
• Fronteiras:
• Genocídio:
• Identidade:
• limpeza étnica:
• refugiados:
• território:
• Xenofobia;

3. Leia o texto a seguir:

“Todos os grandes personagens viraram as costas para nossos massacres. Os boinas-azuis, os belgas, os diretores brancos, os presidentes negros, as pessoas humanitárias e os cinegrafistas internacionais, os bispos e os padres, e finalmente até Deus.” A constatação é de Élie Mizinge, um dos assassinos confessos hútus que participaram do massacre em Ruanda.

Faça um comentário sobre o texto acima apontando a veracidade ou não do mesmo a partir do seu (s)entedimento da leitura audivisual do filme Hotel Ruanda apresentado na aula.

4. Explique o significado para a palavra Genocidio e explique o o por que de tratar o incidente apresentado no filme como genocidio?

5. A partir da análise do filme Hotel Ruanda, cite e explique a reponsabilidade da colonização belga de Ruanda no genocídio de 1994.

6. Atividade de descrição - Descrever as cenas do flime na sequência do enredo.: o movimento turístico do hotel, as relações entre os tutsis; o início das tensões; a realidade da situação vivenciada pelos personagens: a desterritorialização no hotel, a exclusão e humilhação dos hutus, o genocídio.

7. Problematizar: O genocídio de Ruanda seria uma versão africana da limpeza étnica que ocorre em alguns países europeus? Em quais lugares do mundo essa prática ainda ocorre? Por quê?

8. Um conceito significativo abordado no filme: fronteira política do território de Ruanda. Ele é mostrado nas cenas finais dos refugiados, procurando desesperadamente sair do pais. Apresente argumentos sobre a barbárie hutu, respondendo: É possível reorganizar esse território? Como? Quais suas sugestões para retirar esses povos do caos étnico e político?

9. Crie uma legenda para cada imagem abaixo, lembrando que elas são imagens de cenas do filme Hotel Ruanda.
cena 1 - cena 2 - cena3 - cena 4




10. Faça um fechamento da análise do filme enfocando o papel da ONU no Genocídio em Ruanda em 1994 e quais a responsabilidades, ou seja, a critíca que devevemos fazer ao Conselho de Segurança da ONU.

ATENÇÃO! ESTA ATIVIDADE VALE 01 PONTO NA MÉDIA FINAL DE GEOGRAFIA PARA O 8 e 9 ANO/ENSINO FUNDAMENTAL II. ENTREGAR, OBRIGATORIAMENTE, EM FOLHA DE ALMAÇO, ATÉ A DATA LIMITE DE 01/12/2010.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Engenharia Florestal: exploração sustentável dos recursos naturais



Um dos maiores desafios do mundo contemporâneo é conciliar a exploração econômica de recursos naturais, inclusive das ameaçadas florestas, com a necessidade de preservar o meio ambiente. Para enfrentar este desafio surgiu a profissão do engenheiro florestal, cuja missão é extrair o máximo proveito desses recursos, com o mínimo de impacto na natureza e nas populações. Para isso, ele deve ter conhecimentos da fauna, da flora, dos usos e propriedades das madeiras, dos efeitos da exploração sobre os homens e o meio ambiente, e também de números e cálculos. Além disso, é essencial ter prazer em viajar e andar nas matas, seu principal local de trabalho.

O curso de Engenharia Florestal foi oferecido pela primeira vez no Vestibular 2009. As aulas serão no Instituto de Ciências Agrárias (ICA), em Montes Claros, norte de Minas Gerais. A grade curricular tem disciplinas de Ciências Exatas, Biológicas e da Terra. O aluno terá a oportunidade de aprender técnicas de observação, cultivo, conservação e manejo de espécies nativas ou introduzidas pelo homem nas florestas.

Não são só os impactos físicos do cultivo florestal que serão analisados. Em aulas como Economia Florestal e Gestão Ambiental, os estudantes poderão ter noção de como o manejo do meio ambiente afeta populações inteiras. Além disso, noções sobre legislação ambiental ajudarão os futuros profissionais a se posicionar no momento de elaborar um projeto de conservação ou exploração, ou mesmo para fiscalizar o uso das florestas.

Engenharia Florestal é um dos quatro novos cursos oferecidos pelo ICA. Sua abertura foi motivada por uma pesquisa com a população local. Perguntados sobre em que curso superior gostariam de estudar, alunos do ensino médio de escolas públicas e privadas da cidade tiveram como primeira opção Engenharia Florestal, ao lado de Agronomia e Zootecnia, que já são oferecidos no ICA.

Exploração dos Recursos Naturais



“Sentimos dentro de nós uma preocupação constante não só pela nossa casa, como também pela nossa cidade. Embora estejamos voltados para ocupações diferentes, todos nós temos uma opinião própria acerca dos problemas da cidade. Todo aquele que não participa de questões desta natureza é considerado, entre nós, um mau cidadão, um cidadão silencioso. Somos nós que decidimos sobre tais assuntos ou pelo menos refletimos sobre eles profundamente.”

Péricles (490-429 a.C.)

A trajetória do ser humano na Terra, se deu através da constante exploração dos recursos naturais, ou seja, o homem na sua relação com o ambiente e para satisfazer suas necessidades, explora os bens da natureza. Além disso, desde os primórdios da civilização, a atividade humana, qualquer que seja, é poluidora. A partir da segunda metade do Século XX, os temas ambientais passaram a fazer parte do noticiário diário, especialmente quando envolviam, por exemplo: explosão demográfica, redução acelerada das reservas de água potável, queimada, erosão, estrago de mata ciliar ou floresta, assoreamento de curso d’água, alteração climática, aquecimento do planeta, efeito estufa, material nuclear, poluição, chuva ácida, buraco na camada de ozônio, ou os freqüentes vazamentos de petróleo. Nessa época o indivíduo também percebeu que a grande maioria dos problemas ambientais enfrentados, decorria do uso irracional dos recursos naturais, especialmente quando se buscava o crescimento econômico a todo custo. O homem verificou que se os recursos naturais eram finitos, sem reposição eles haveriam de se extinguir, ainda mais porque muitos deles sequer eram renováveis. Com isso questões ligadas à preservação do ambiente passaram a ser cada vez mais valorizadas. A partir de 1960 intensificaram-se as discussões sobre os riscos da degradação do ambiente. Em 1972 deu-se a Conferência da ONU em Estocolmo, e em 1982, a expressão “desenvolvimento sustentável” incorporou-se ao vocabulário jurídico. Com essa percepção, foi realizada a ECO-92 na cidade do Rio de Janeiro em 1992, com a participação de 175 países, ocasião que foram elaborados os documentos denominados Declaração do Rio e Agenda 21, a partir do qual se buscaria manter e recuperar os recursos naturais, com planejamento equilibrado do desenvolvimento.

Em 2002, a reunião foi realizada em Joanesburgo, na África do Sul. De uns tempos para cá alguns princípios de vida sustentável aparentemente simples passaram a ser considerados importantes, tais como: a busca de uma aliança global dos povos; a melhoria da qualidade de vida das pessoas; o cuidado e respeito para com as comunidades de seres vivos; a integração e aprimoramento da conservação do ambiente; a redução do consumo de recursos não renováveis; o incentivo para que cada comunidade cuide de seu próprio ambiente. No Brasil, a partir da Constituição da República de 1988, o meio ambiente passou a ser considerado como patrimônio nacional, envolvendo o ar, a água, o solo, a flora, a fauna, os bens culturais e o ambiente construído. O Direito Ambiental, na busca de proteger o ambiente e de acordo com a necessidade usa a tutela constitucional, a tutela administrativa, o estudo de impacto ambiental ou licenciamento, a tutela civil e a tutela penal, dependendo da área envolvida. O Direito Ambiental também não perde de vista questões importantes como as relacionadas à pessoa, à cidadania, e ao trabalho. No século passado, a partir da Revolução de 1964 e na esteira das mudanças políticas e econômicas da época, as cidades brasileiras foram marcadas por um grande crescimento populacional, enquanto o campo assistiu ao mais importante êxodo rural de nossa história. Em paralelo, os registros mostram que esse crescimento populacional das cidades se deu de forma desordenada, inclusive com a ocupação de diversas áreas sem o devido planejamento, gerando, por conseqüência, inúmeros problemas urbanísticos e graves impactos ao ambiente. Resultado: uma massa gigantesca de população carente passou a ocupar locais, como áreas consideradas de preservação permanente.

Além disso, o próprio poder público providenciou a abertura de grandes avenidas e vias marginais junto à margem dos cursos d’água, e ainda permitiu que empreendimentos imobiliários fossem implantados nessas mesmas áreas. Na zona urbana, esses impactos ambientais ocorrem de maneira diversa da zona rural, exigindo, dependendo do caso concreto, uma abordagem diferente tanto com relação aos aspectos legais como com relação aos aspectos políticos. Para se ter uma idéia da proporção do problema, na cidade de São Paulo estima-se que quase dois milhões de pessoas vivem em áreas protegidas pela legislação, e que não deveriam ser ocupadas. Predominam nesse caso as áreas de preservação permanente ocupadas pela população de baixa renda. Os atos anônimos e muitas vezes invisíveis das agressões ao meio ambiente, aliado aos mecanismos culturais e institucionais pelos quais as elites políticas e econômicas encobrem as origens e conseqüências dos riscos e perigos, propulsiona a chamada irresponsabilidade organizada.

ciencia e a presença humana no litoral

A ciência e a presença humana no litoral
No Brasil, existem diversas pesquisas geológicas em andamento com aplicações para a exploração e a conservação dos recursos costeiros. Exemplos de pesquisa básica em geologia marinha são estudos sobre deposição de sedimentos pela ação dos oceanos, sobre erosão costeira, análise da composição dos sedimentos (areia, por exemplo), recolhimento de dados sobre ondas, marés e temperatura da água etc. São comuns também vários estudos aplicados, que dependem fundamentalmente dos dados colhidos pela pesquisa básica. Entre essas aplicações, encontram-se estudos para a determinação de jazidas de recursos minerais, estudos sobre o impacto da ocupação humana na erosão costeira e a meteoceanografia.

Esta última disponibiliza dados e previsões sobre marés, ondas e temperatura da água, para serem usados, tal e qual os dados meteorológicos, para diversos fins - turismo, pesca, pesquisa científica, etc. O Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo já tem um serviço de disponibilização de dados e previsão de marés e de correntes marinhas, em www.surge.iag.usp.br.

Recursos não-renováveis
Outros dados importantes colhidos pela pesquisa básica, além dos da meteoceanografia, são as composições dos solos próximos à costa ou sob a superfície do mar. Esses dados, disponíveis em publicações científicas, podem dar às empresas mineradoras indicativos sobre locais onde vale a pena procurar jazidas de recursos não-renováveis. As empresas então aprofundam os estudos e definem a incidência ou não de uma jazida mineral de valor econômico.

Recursos renováveis e não-renováveis e a zona costeira como recurso em si:
Apesar do nome, os recursos naturais não-renováveis também se regeneram naturalmente. A diferença com os renováveis é que a escala de tempo para a sua renovação é muito maior do que a escala com que os seres humanos lidam. Os recursos não-renováveis são basicamente os recursos minerais, e os renováveis, os biológicos. Hoje, há uma tendência em aplicar o conceito de recurso natural a toda a zona costeira em si, não só os seus recursos biológicos e minerais. Usa-se, por exemplo, também para lazer e recreação.

Os recursos costeiros minerais, ou não-renováveis, ocorrem em basicamente três tipos de ambientes. No ambiente rochoso - quando as rochas atingem a zona costeira -, um dos principais é a fluorita, encontrada, por exemplo, na região do Morro da Fumaça, em Santa Catarina. Em sedimentos (praias e lamas associadas a lagunas costeiras), um dos principais são os minerais pesados, que aparecem nas areias das praias e das dunas, como a monazita (comum no Espírito Santo), a ilmenita (de onde se extrai o óxido de titânio, importante na indústria de tinta), o calcáreo (associado a fragmentos de conchas e recifes de coral, usados na fabricação de cimento) e a turfa. Esta última, um estágio intermediário na formação do carvão vegetal, aparece em lagunas costeiras. É muito usada como corretivo orgânico na agricultura. O terceiro ambiente é o subsolo marinho, onde aparece o petróleo e o gás natural.

Um caso de estudo científico que resultou na descoberta de jazidas foi o episódio dos depósitos de minerais pesados no litoral do Rio Grande do Sul. Na década de 1970, pesquisadores do Centro de Geologia Costeira Oceânica, um órgão auxiliar do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), descobriram manchas escuras nas areias, indicativas da presença de minerais pesados. As manchas eram mais expressivas nas regiões de Bujuru e Hermenegildo, no litoral gaúcho. Os sedimentos foram enviados ao laboratório e analisados, e foram identificados os minerais pesados de valor econômico. O mais importante deles é a ilmenita, mas apareceram também rutilo, magnetita e zircão, entre outros. Foram feitos cálculos para determinar a concentração desses minerais nas areias das praias e dunas do litoral gaúcho.

Exploração e explotação
O termo exploração, em geologia, relaciona-se à fase de prospecção: busca e reconhecimento da ocorrência dos recursos naturais, e estudos para determinar se os depósitos têm valor econômico. A explotação é a retirada do recurso com máquinas adequadas, para fins de beneficiamento, transformação e utilização. Portanto, o maior impacto no meio ambiente é causado pela explotação.


Nesse ponto, cessou a pesquisa acadêmica, que passou para outros projetos. Nos anos 90, as publicações chamaram a atenção de empresas mineradoras, que foram buscar as jazidas nas regiões indicadas. As empresas aprofundaram os estudos e atualmente as jazidas estão em fase de viabilização da explotação. O principal obstáculo é o litígio com os órgãos ambientais, pois a área de ocorrência está vinculada ao parque nacional da Lagoa do Peixe.

Um outro caso começou há 15 anos, quando os pesquisadores da UFRGS começaram a se interessar pela erosão costeira. Desde 1997, os pesquisadores percorrem a linha costeira do Rio Grande do Sul, que tem 630 quilômetros, mapeando a linha de costa e verificando as alterações devidas à erosão. Os dados sobre essas alterações podem ser usados para indicar a ocorrência de minerais pesados, pois as áreas de maior concentração de tais minerais são, tradicionalmente, as áreas de maior incidência da erosão costeira. Com base nesses dados, os pesquisadores da UFRGS encontraram minerais pesados nas zonas de erosão.

Como os depósitos de minerais pesados estão preferencialmente em zonas de erosão, eles estão disponíveis por muito pouco tempo. Segundo Sérgio Dillenburg, do Centro de Estudos de Geologia Costeira e Oceânica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), as duas principais reservas de minerais pesados do Rio Grande do Sul podem ser dispersadas em 500 ou 1000 anos, o que, do ponto de vista geológico (que muitas vezes lida com processos de milhões de anos), é muito pouco.

Processos costeiros
A erosão e a sedimentação costeiras e a variação da linha da costa causada por elas são fenômenos naturais. No centro, sudeste e sul do litoral brasileiro, a erosão é causada principalmente pela ação das frentes frias, que modificam o comportamento do mar, tanto da agitação marítima quanto no seu nível. No norte e nordeste, o principal fator são os ventos, que modificam o clima das ondas.

Entretanto, quando há ocupação humana nas áreas costeiras de variabilidade natural, podem aparecer problemas sérios. Na cidade de Matinhos, no litoral do Paraná, a Avenida Beira-Mar foi construída sobre as dunas da praia. "As dunas são o reservatório de areia das praias", explica Eduardo Marone, coordenador do Laboratório de Processos Costeiros e Estuarinos (PROCEs) da Universidade Federal do Paraná (UFPR). "Quando você asfalta as dunas - a reserva de areia que evita que a praia seja erodida - desparece a fonte de manutenção da linha de praia." O resultado disso é que a cidade é quase anualmente atingida por grandes marés ("ressacas"), que já chegaram a destruir parte da Avenida Beira-Mar e algumas construções próximas.

Após uma dessas ressacas, há mais de 15 anos, foram instalados na praia os chamados "gaviões", ou seja, foram depositadas pedras ao longo de um setor da praia, presas com uma grade. Isso aumenta o processo de deposição, e a praia começou a se reconstituir. Porém, segundo Marone, a solução através de estruturas duras como essas é apenas paliativa. Primeiro, porque hoje o arame que prende as pedras já está gasto e rompendo-se, transformando-se num perigo para os banhistas, além de ser esteticamente pouco agradável. Segundo, porque, quando se bloqueia a ação do depósito ou erosão em um local, o mar vai agir em outro. "A natureza tem que tirar e pôr sedimentos o tempo todo, esse é o estado natural dela", diz o pesquisador. "Quando impedimos que em algum local o ciclo de retirada e transposição de sedimentos desapareça, você pode até resolver o problema desse local, mas o mar vai ter que agir em outro lugar que não está protegido."

Por isso, a solução mais recomendada para o problema da erosão costeira é a reavaliação da ocupação do solo. Dependendo do custo, pode-se realocar comunidades litorâneas. "A Espanha", diz Marone, "é o país mais avançado nesse sentido: simplesmente desapropriou as obras marítimas nos locais onde havia problema de erosão e reconstruiu o ambiente natural."

Em outros casos, como em cidades, não é possível fazer a realocação. Nesses casos, a segunda técnica mais recomendada é a manutenção da orla de praia por meio de deposição artificial. É usada, por exemplo, no litoral da Califórnia: os restaurantes, hotéis etc. pagam uma draga que está todo o ano circulando e "engordando" as praias.

Instituto do Milênio
Para contemplar esses problemas no litoral brasileiro, o governo possui um programa de financiamento de pesquisas oceanográficas chamado Instituto do Milênio do Mar, cujo título é "Uso e apropriação de recursos costeiros" (Recos), e do qual participam 19 instituições brasileiras, envolvendo cerca de 200 pesquisadores. O objetivo é investir em pesquisas científicas para propor soluções para os problemas causados pela ocupação do litoral e apropriação de recursos naturais da costa. O programa divide-se em quatro temas: Modelo Gerencial de Pesca, Qualidade Ambiental e Biodiversidade, Maricultura Sustentável e Modelagem, Monitoramento, Erosão e Uso do Solo. Deste último projeto estão participando 10 instituições, com cerca de 60 pesquisadores.

A erosão costeira é contemplada no quarto módulo. As pesquisas nesse campo envolvem dez universidades e instituições de pesquisa, do Rio Grande do Sul ao Pará. A idéia é mapear o litoral brasileiro periodicamente, para determinar as variações devidas à erosão e à sedimentação e, com isso, determinar quais as áreas onde a incidência de erosão é crítica e apresentar possíveis soluções.

Um dos métodos usados pelos grupos para fazer esse mapeamento é percorrer a costa a pé (caminhamento), de bicicleta ou de carro, com um GPS (sigla em inglês para Sistema de Posicionamento Global), um aparelho que indica com precisão a latitude e a longitude de sua localização. No Paraná, no Rio Grande do Sul e em locais onde existe o equipamento, usa-se um DGPS, uma versão mais precisa, capaz de determinar a localização no globo terrestre com precisão de dezenas de centímetros.

Outro método do projeto de erosão investiga o leito do mar próximo à costa. Para isso, são lançados no fundo do mar, depois da zona de arrebentação das ondas, aparelhos que medem a temperatura, a salinidade e a profundidade da água. A profundidade é determinada através da medida da pressão da água. Esses aparelhos devem ser levados até depois da zona de arrebentação através de barcos pesqueiros. No dia 21 de fevereiro, o PROCEs testou o primeiro protótipo de um novo veículo por controle remoto que leva sozinho os aparelhos até o local desejado, e depois lança-os em direção ao fundo do mar, onde realizarão as medidas automaticamente. O veículo chama-se ROV (sigla em inglês de Veículo Operado Remotamente), um aparelho comum em pesquisas marinhas, mas que nunca tinha sido antes usado para estudos da linha costeira. Nos próximos dias, será distribuído às outras 7 universidades que fazem parte do projeto sobre erosão costeira (veja notícia na ComCiência).

Amazônia: entre o inferno e o paraíso.

Na filosofia, o conceito de humanidade só passa a ser entendido como tal, a partir do século XVII. Antes disto ele não existia. Porém, quando foi concebido, o Homem acabou sendo isolado da natureza. Agora a ciência descobre que na Amazônia Homem e natureza não se separavam: faziam parte do mesmo universo.

Boa parte das ciências modernas é baseada no Humanismo renascentista e no positivismo do século XIX. Isto é: desde o Renascimento (ocorrido na Europa do séc. XVII) o Homem passa a ter a sua própria natureza (antes ele estava submetido aos desígnios de Deus, sendo Dele reles imagem decaída); e do século XIX em diante, o positivismo diz que só é válido aquilo que está baseado na experiência. Ora, o Humanismo colocou a idéia do Homem livre no centro do Universo, contudo isolado e completamente fora de tudo que fosse natural. Foi assim que o Homem tornou-se transcendente e senhor da natureza e desenvolveu uma ciência cuja história é a narrativa do vitorioso progresso do seu controle sobre ela.
Como conseqüência, o domínio e os saberes sobre o selvagem passam a ser o pano de fundo que levou inúmeros estudiosos a irem buscar os processos que conduzem a humanidade da barbárie à civilização, excluindo desta trajetória, porém, qualquer elo do humano com o natural. Para esses estudiosos, a busca não era a compreensão da integração ou desajuste do Homem com a natureza, mas dos meios de domínio com os quais diversas culturas e sociedades foram capazes de se sobrepor aos ambientes e aos seres. A histórica dessa ciência mostra, em um primeiro momento, como as pessoas tentaram se livrar da imprevisibilidade dos eventos naturais; no momento seguinte, como tentaram dominar os fluxos da natureza; por fim, como se apropriaram de suas riquezas. Por isto falaram da conquista do fogo, da domesticação de plantas e do controle de águas, solos, florestas e gentios e, agora, de inseminações artificiais e da produção de clones e andróides.
Apesar do divorcio entre o Homem e a natureza, o Humanismo despertou a consciência da sociabilidade humana e, paradoxalmente, o ideal de um retorno a uma natureza mítica, cuja representação mais perfeita era o “bom selvagem” do Novo Mundo, que no Renascimento, fora recentemente descoberto. O “bom selvagem”, especialmente identificado com os nativos das regiões tropicais, além de ser avesso às guerras e aos conflitos interpessoais, viveria em perfeita harmonia com a natureza, graças à sua fartura e exuberância. Constituindo uma cultura fundadora ideal, que no mundo europeu em expansão teria se perdido em algum momento da história de sua civilização, esse ideal acaba por gerar outro mito: o do Paraíso Tropical. Cem anos depois do Renascimento, no Romantismo (que apoiava a subjetividade e o individualismo), a percepção da sociabilidade humana alcançará um novo status com o surgimento de disciplinas científicas voltadas para o estudo da sociedade e da cultura.
A idéia do “Bom Selvagem” foi levado mais à sério na política do que na ciência e foi na efervescência intelectual dos séculos XVIII e XIX, com a antropologia, que o mito do “Paraíso Tropical” se desfaz de vez. Na ocasião, diversos pensadores, entre os quais se destacou Franz Boas (1858-1942), mostraram não só a diversidade humana, mas também que muitos comportamentos só poderiam ser justificados na própria cultura observada. Além disto, mostraram que seus comportamentos, apesar de serem interpretados como “primitivos” e “bárbaros” pelo etnocêntrico olhar europeu, eram fundamentais para a identidade do povo. No entanto, para felicidade dos pensadores europeus, o evolucionismo social emergente afirmou que os comportamentos mudavam com o tempo, refinando-se e eliminando, progressivamente, traços indesejáveis. Ou seja, duzentos anos depois de separar o Homem da natureza, as disciplinas humanistas pareceram provar que a humanidade era distinta da natureza por conta da intermediação artificiosa da cultura, que poderia eliminar dela qualquer traço da selvageria natural.
O Jardim Tropical
O mito do “Paraíso Tropical” encontrou bastiões de resistência, como na representação social do Brasil enquanto nação, pautada no mito fundador do “Paraíso Tropical”, construído desde 1500 com a chegada dos portugueses ao Brasil. É verdade que apesar de reforçada em pleno século XX, na Semana de Arte Moderna dos anos 20 e da Tropicália na década de 70, esse mito foi minado pelo conceito de “inferno verde”, atribuído por Guimarães Rosa à Amazônia, em obra póstuma de 1976 (Paraíso Perdido). Este conceito foi apropriado pela ditadura militar para justificar a “conquista da Amazônia”, em nome da civilizada nação brasileira. Hoje em dia, sarcasticamente, o mito só circula nos discursos da propaganda turística, da música e das novelas, dentre outros, para referir-se apenas à costa litorânea, onde se localiza a maioria da população urbana brasileira e onde Natureza, além de ser um entretenimento de televisão e de parques zoológicos, refere-se apenas a tubarões e feras africanas.
A falência do mito do paraíso tropical levou ao descrédito o mito do bom selvagem, uma vez que a maior parte da população passou a viver em cidades. Entretanto, tornou-se comum pessoas de cidades localizadas em outras regiões ou países, acreditarem em jacarés e outros animais “selvagens” circulando pelas ruas das cidades amazônicas. Na verdade, o conceito original de “selvagem”, termo que existe desde a Antiguidade, fora aplicado pelos gregos aos despossuídos de pólis ou aos que viviam em florestas ou desertos e eram “no agrios”. Isto é, não tinham área cultivada. Portanto, durante a ditadura militar, o mito do paraíso tropical não condizia com o Brasil industrializado e urbano que então se consolidava e, ao mesmo tempo, a população brasileira se distanciava cada vez mais da vida rural.
Convém observa, porém, que apesar do mito do paraíso tropical pregar o retorno a uma origem idílica, esse suposto paraíso remetia sempre a uma fase da civilização na qual as pessoas já teriam dominado o selvagem, cultivavam a terra ou levavam seus animais domésticos para pastar. Aliás, a palavra Éden, que foi traduzida para o grego e herdado pelo latim com o significado de “jardim”, parece ser derivada da palavra suméria “E.DIN”, traduzida por alguns estudiosos como campo cultivado. Ainda que a palavra nos chegue do Oriente, Gregos e Latinos entenderam este lugar como sendo de delícias. O Jardim é sempre a evocação da Vida e da fecundidade em superabundância. Contudo, o velho testamento sugere que só estaremos no Paraíso no sétimo dia da criação, o Dia do Repouso do Criador. Isto é, o criador já preparou tudo e agora descansa esperando o fruto do seu trabalho. O paraíso-jardim é, por conseguinte, um artefato, um lugar construído para o recolhimento e a felicidade após árduos dias de trabalho. “Deus todo poderoso começou por plantar um jardim.” (Francis Bacon, 1561-1626) e depois descansou para usufruir de seus frutos no Paraíso que ele mesmo construiu.
No Egito, a existência do mito do paraíso está documentada desde o século XXIV a.C.. O objeto específico do mito é a ordem do mundo. De fato, os mitos da criação não visam explicar a origem do mundo, mas afirmar a vitória da ordem contra o caos e assim legitimar a supremacia da civilização sobre o selvagem. A ordem do mundo, enfim, é o resultado da vitória de Deus sobre o caos, na batalha contra a desordem primordial, absoluta. Ou, por outro ângulo, da transformação da natureza selvagem em um artefato humano. Consequentemente, na ausência de um jardim, toda vez que se fala de selvagem, fala-se de uma natureza sem humanidade, de uma natureza onde o Homem não está incluído e nem faz parte da sua existência.
Por tudo isto, quando pensamos a Amazônia focando a integração do Homem aos seus diferentes ambientes, além de considerar que esses ambientes são o ‘palco’ natural de sua evolução, também devemos pensar que esses mesmos ambientes são uma construção cultural e que estamos dentro e não fora da natureza. Mas, para pensarmos assim, antes de qualquer coisa, é necessário superar pré-conceitos míticos milenarmente enraizados nas bases do pensamento humanista. Concomitantemente, ao pensarmos na natureza do espaço amazônico e suas paisagens como uma construção, devemos pensá-la a partir da integração entre o Homem e ela.
Apenas aquilo que nós mesmos construímos.
Mesmo que o mito do “Paraíso Tropical” tenha encontrado solo fértil no imaginário popular, foi comum na ciência pensar que a floresta amazônica teria ficado intocada, sem sofrer qualquer influência humana, até a ascensão das sociedades agricultoras. E que as antigas intervenções humanas, quando finalmente ocorreram, só teriam alcançado pontos isolados, em áreas reduzidas, localizadas às margens dos principais rios da região. A Amazônia seria uma região exclusivamente “natural”, não agrária, onde o Homem além de não fazer parte dela, teria sido repelido pela dificuldade de adaptar-se aos seus supostos parcos recursos não domesticáveis. Com isto consolidou-se a idéia de que o Homem não fazia parte da sua natureza. A Amazônia seria, enfim, selvagemente “virgem”!
Datando do século XIX, as primeiras investigações arqueológicas na Amazônia ficaram restritas aos artefatos de grande apelo artístico, como as urnas, utensílios e outros objetos cerâmicos, bem como estatuetas e pingentes feitos de rochas e cristais, atribuídas a povos de cultura complexa, mas sem uma agricultura intensiva provida de arado. Os pesquisadores pioneiros visavam, principalmente, a formação de coleções para os museus. Politicamente, eles se aliavam às idéias de superioridade das civilizações agricultoras e, com isso, negavam a condição de civilizados a todos aqueles que prescindiam da agricultura (de arado) e da cultura material associada a ela, identificando-os com a preguiça e a barbárie. Com essa identidade, os possíveis caçadores-coletores por acaso existentes na Amazônia não apresentavam qualquer apelo para os acadêmicos de então.
Essa situação poderia ter mudado quando as pesquisas efetivamente científicas tiveram início com os cientistas norte-americanos Betty Meggers e Clinford Evans, ainda na primeira metade do século XX. Infelizmente, mesmo através de outra ótica, as técnicas de agricultura consagradas no Velho Mundo continuaram sendo referência, de modo que as evidências de cultivo dos povos amazônicos foram resumidas à simples práticas de horticultura. Já os estudos voltados para os caçadores-coletores permaneceram escassos, sob o surrado argumento de que a Amazônia seria um lugar inóspito para a adaptação humana e de que a presença do ser humano nela seria rarefeita e recente. Para justificar a ocorrência de vestígios materiais de culturas formadas por complexas sociedades, esses pesquisadores afirmaram que elas teriam migrado de outras regiões, como a andina e a caribenha, cujas populações, longe das selvas, teriam desenvolvido culturas mais sofisticadas. Portanto, além da gênese dessas sociedades não ser nativa, ela não poderia ter sido o resultado da evolução local de sociedades pioneiras, porque mesmo que estas tivessem existido, não teriam conseguido superar as barreiras naturais representadas pela infernal floresta tropical.
Na década de 1990, outra pesquisadora norte-americana, Anna Roosevelt, mostrou que as sociedades amazônicas tiveram um longo tempo de desenvolvimento local. Porém, esse desenvolvimento teria ficado restrito a áreas especiais, como as várzeas, ricas em recursos naturais favoráveis à exploração humana. Roosevelt argumentou que as conquistas sociais, materiais e espirituais das populações amazônicas complexas seriam o resultado do sucesso adaptativo de costumes e práticas a um ambiente mais favorável, de populações amazônicas precedentes. Para ela, a evolução sociocultural das populações amazônicas só foi possível graças à existência das várzeas, que eram ecologicamente favoráveis, supostamente, ao cultivo intensivo do milho. Ou seja, fora dali o homem permaneceu no limite entre o selvagem e o civilizado, de modo que a expansão das sociedades complexas para além das várzeas era impossibilitada pela natureza indomável das terras firmes. Por outro lado, ela não foi capaz de reconhecer a excelência do cabedal técnico da agricultura praticada na Amazônia, propondo a existência de um cultivo especializado no cultivo de uma planta exótica (o milho), sobre a qual nunca apresentou evidência concreta.
Podemos dizer que essas idéias nada mais foram do que a reafirmação tardia do divórcio renascentista entre o homem e a natureza e também da impregnação da mitologia da natureza selvagem no inconsciente, que ainda predomina nas teorias científicas e que exerce influência não só nas ciências sociais, como também nas ciências da terra. Entretanto, estudos recentes nas mais diversas partes do mundo vêm mostrando que a influência humana sobre a natureza não só é uma condição da sua existência, bem como condição da própria evolução coletiva das espécies. Por outro lado, se a evolução cultural das antigas populações Amazônicas resultou em sociedades organizadas por agentes que dominavam práticas e técnicas de manejo e cultivo de plantas domesticadas, é porque elas percorreram uma longa duração onde acontecimentos históricos precedentes desenvolveram e conquistaram essas práticas e técnicas, localmente e milenarmente.
Desde a última década do século XX, pesquisas arqueológicas vêm comprovando que a floresta tropical, mesmo há milhares de anos, nunca foi um fator restritivo para o progresso das populações humanas que nela viveram. Isto é: uma restrição ao florescimento de novas e melhores possibilidades; uma barreira ao preenchimento de todo nicho disponível; um obstáculo ao desenvolvimento de organizações sociais cada vez mais elaboradas. Muito pelo contrário, estudos recentes têm confirmado que não havia uma diferença marcante na adaptação dos povos que habitavam a terra firme daqueles que habitavam as várzeas. Inclusive, hoje se descarta a idéia de que dois ecossistemas distintos e excludentes diferenciavam os povos amazônicos. Na Amazônia, a exploração dos recursos naturais, por parte das populações antigas, inclui um território com ecossistemas diferenciados, explorados complementarmente. Assim, na verdade, a ocupação territorial era o modo pelo qual tanto várzea, quanto interflúvios e terras firmes eram economicamente conectadas e culturalmente integradas.
Esses estudos atestam a grande importância do conhecimento das populações indígenas e tradicionais sobre o comportamento da floresta tropical e, principalmente, sobre a formação de alguns de seus ecossistemas. Ecossistemas que, por conta disto, seriam muito mais jardins do que selvagens e estariam muito mais próximos do paraíso do que do inferno. Ou seja, constituem paisagens artesanais. Eles também mostram que culturas e saberes tradicionais podem contribuir para a manutenção da biodiversidade de muitos ecossistemas amazônicos. Significativamente, direta ou indiretamente, os estudiosos também afirmam que, em numerosas situações, esses saberes são o resultado de uma co-evolução entre as sociedades e seus ambientes naturais, permitindo um equilíbrio criativo entre ambos.
Foi o aperfeiçoamento na exploração e uso dos recursos naturais que teria levado as antigas sociedades de caçadores-coletores às sociedades agricultoras posteriores, cujos produtos, conseqüentemente, derivaram dos recursos naturais conquistados pelos primeiros. A afirmação de que os Homens não eram passivos aos ambientes, mas interferiam neles segundo suas necessidades e crenças, implica em reconhecer que há toda uma dinâmica entre o mundo natural e a imagem socialmente construída da paisagem, que permanece permanentemente em obra em favor dos interesses culturais, sociais e políticos humanos. Esses interesses se expressam naquilo que o sociólogo francês Pierre Bourdieu (1930-2002) chamou de “habitus”, consistindo num objeto em que os agentes sociais – que fazem parte do objeto - incluem o conhecimento que têm do objeto e a contribuição que tal conhecimento trás à realidade do objeto. Assim, na dinâmica entre o mundo natural e a imagem social da paisagem, o ambiente se torna o objeto que o Homem conceitua ao conceituar a si mesmo. Portanto, os ecossistemas amazônicos sobre os quais os Homens intervieram foi a construção social do mundo, em que os agentes sociais, foram eles próprios, em sua prática coletiva, os sujeitos de atos de construção desse mundo.

Brasil e a Transformação da Paisagem





A Caixa Cultural Sé apresenta a exposição “Brasil e a Transformação da Paisagem”, dos dias 3 de abril a 23 de maio, e leva ao público um recorte com 52 imagens da obra do fotógrafo sergipano José Caldas, reconhecido como um dos mais importantes documentaristas da natureza brasileira em atividade.

Viajar pelo interior do Brasil pode proporcionar experiências das mais variadas e revelar cenários e situações surpreendentes. Admirando as fotos expostas – muitas delas em grandes formatos (até 2,7 metros de largura) – essa sensação de imponência salta das paredes, somando-se a ela uma viagem no tempo, que reflete as transformações ocorridas em um período intenso e recente da história do Brasil, equivalente aos 20 anos de formação do acervo de José Caldas.

O Brasil teve um percurso histórico muito predatório de seus recursos naturais, o que se intensificou com a ascenção de sua capacidade produtiva e realidade demográfica. Ao mesmo tempo, a consciência ambiental ganhou força com uma postura crítica frente ao uso indiscriminado das reservas naturais do planeta.

A forma que Caldas encontrou de se posicionar diante desse dilema histórico foi colecionar imagens e tecer com isso o mapa iconográfico de um Brasil particular. Seus registros focam a natureza e a presença humana no território, no que ele próprio prefere denominar “documentação geográfica”. Retratos do que está em vias de extinção, do que é novo, do que merece ser preservado.

Expressar a visão do artista do que é emblemático de cada contexto, ou simplesmente de cenas expressivas que se apresentam à sua frente, sem explicação. Suas fotos são documentos que se agregam ao patrimônio de imagens da nação, não só pelo que documentam, mas por expressarem a visão do artista.

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CRITÉRIOS PARA REALIZAÇÃO DE TRABALHOS